Anac apura venda ilegal de bilhete em monomotor que caiu em Manaus

Avião caiu em uma área verde, no Bairro da União
Avião caiu em uma área verde, no Bairro da União

MANAUS – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai investigar a suspeita de venda de passagens aéreas ilegais por parte do responsável pelo monomotor de prefixo PT-rei que caiu, no último dia 7, na zona centro-sul de Manaus, deixando seis pessoas mortas, segundo informou a Anac por meio de assessoria de imprensa. Dono da aeronave particular, Daniel Dias Moreno, também é proprietário da empresa Moreno Viagens e Turismo Ltda.

A denúncia partiu do funcionário público Edson Buzaglo, 40, que é primo do empresário Ruan Lemos, uma das vítimas do acidente com o avião que iria para Novo Aripuanã (distante 27 km da Manaus). “Antes de embarcar no voo, ele (Ruan) mandou mensagens para uma tia dele, dizendo que tinha pagado R$ 400 pela passagem aérea”, informou Buzaglo. A filha de Ruan, Ana Alice Lemos, 4, também morreu no acidente.

O advogado da empresa Moreno Viagens e Turismo Ltda, Jerry Lúcio Dias da Silva Júnior, disse que a denúncia é improcedente. “Naquele voo, não havia nenhuma passagem comercializada”, disse Jerry Lúcio. No dia da queda do avião, um representante de Moreno, Antônio Macedo de Mendonça, chegou a informar que os passageiros eram amigos do proprietário do avião e que tinham pedido carona no voo particular, que caiu em uma área verde da Comunidade União, no bairro Parque 10 de Novembro, zona centro-sul.

A Anac informou que o avião monomotor particular não tinha autorização para comercializar passagens. Caso seja identificada a irregularidade, segundo a Anac, poderá ocorrer a suspensão da aeronave, suspensão e/ou cassação do certificado de operador aéreo responsável pelo voo, além de multas aplicadas ao operador. A Anac informou, também, que caso julgue a denúncia procedente vai encaminhar a denúncia ao Ministério Público e à polícia para punição no âmbito penal.

Investigação

A causa do acidente está sendo investigada pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos  (Seripa VII). Na esfera criminal, a investigação do acidente está sob responsabilidade da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops). Por meio de assessoria de imprensa, a delegada titular da Deops, Catarina Saldanha, informou que o dono do aeronave, parentes das vítimas e testemunhas devem ser ouvidas. “Vamos apurar para saber se a aeronave em questão estava regularizada, averiguar e apurar outros fatos decorrentes do caso”, informou a delegada.

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