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Manaus – Bem disposto, mais magro e sem demonstrar cansaço na fala, o prefeito Amazonino Mendes em entrevista no tele-jornal AmazoniaTv (Rede Amazônica), deixou claro que não foi candidato a reeleição por problemas de saúde. Ele afirmou que se sentia cansado, mas disse também que não sabia o tamanho da gravidade da doença. “Passei um grande susto, mas agora está tudo bem”.
Durante os dois blocos da entrevista, Amazonino Mendes, que foi três vezes governador do Estado, exerce o mandato de prefeito também pela terceira vez e foi senador da República, em momento algum atacou os seus adversários políticos e chegou a dizer que apesar do trabalho que realiza na sua terceira gestão como prefeito da capital, desta feita, não colheu os bons resultados que esperava, mas assegurou que isso é política.
Quando a apresentadora lhe pediu para fazer um balanço da sua administração, Amazonino disse que é muito estranho falar de si mesmo. “Isso não é legal”, mas mesmo assim não fugiu da resposta.
Primeiro, agradeceu ao povo por tudo o que lhe proporcionou na vida e depois afirmou que pelos cargos públicos que passou, nunca trabalhou tanto como neste atual mandato. “Neste mandato foi onde mais trabalhei e sofri na Prefeitura, até pela falta de apoio do governo federal e do estadual também. Aquela história de ação conjunta acabou e tive que me virar só para trabalhar por Manaus”, confidenciou o prefeito.
Outro fato que lhe deixou feliz durante a campanha eleitoral, foi o fato de vários candidatos assumirem que darão continuidade a alguns programas criados por ele, como o Bolsa Universidade, Carretas da Mulher, Bolsa Família e outros que certamente deverão ser ampliados.
Disse ainda o prefeito que durante a campanha foi criticado pela falta de creches, e esclareceu que ao contrário do que foi afirmado, ele nunca prometeu mil creches e sim, trabalhar com mães sociais, o que foi brecado pelo Ministério Público e não construiu creches por falta de terreno, mas afirmou que cinco estão em construção.
Ele fez questão de dizer, que os nove candidatos que disputaram a prefeitura de Manaus, várias criticas foram feitas a administração, como no caso das creches, transporte coletivo etc, mas ninguém falou de corrupção e malversação de recursos públicos.
Disse também, que deixa para o prefeito eleito Artur Neto uma cidade com uma frota renovada de ônibus, uma estrutura administrativa moderna.
DIFICULDADES
Ao afirmar que ser prefeito de Manaus é um eterno desafio, Amazonino Mendes previu que o eleito Artur Neto, que também já foi prefeito, terá muitas dificuldades para administrar a cidade e desejou sorte ao seu sucessor.
Elencou alguns graves problemas que Artur deverá enfrentar como a questão do transporte coletivo, a ampliação do sistema de saúde, o que deverá ser feito com as “casonas da saúde”, a ordenação e modernização de feiras e mercados, saneamento básicos e vários outros pontos.
Amazonino fez ainda severas críticas aos que tentam inibir o trabalho da prefeitura. “Manaus parece que tem muitos donos e fazem tudo para atrapalhar as ações da Prefeitura. Um absurdo”, afirmou.
A DISPOSIÇÃO
O prefeito que passa o cargo para Artur Neto no dia 1º de Janeiro de 2013, não quis falar muito sobre o seu futuro político e como sempre fazem os políticos, disse que ficará a disposição do povo. “Quero ser um instrumento do povo, pois tudo o que sou e o que tenho devo ao povo” – afirmou.
Por fim, Amazonino Mendes que foi o criador da Universidade do Amazonas, disse que gostaria de fazer o que já deveria ter feito há algum tempo, sair por aí dando palestras. “Com a experiência que tenho de governar o Amazonas três vezes, ser prefeito de Manaus também por três vezes e uma senador da República, acumulei muitas experiências e entendo que essas experiências possam e devam ser repassadas para os mais jovens. Ainda espero poder fazer isso” – concluiu.