Manaus, AM – Ocupando 60% do território brasileiro e abrigando uma das maiores florestas tropicais do mundo, a Amazônia Legal abrange nove estados do país e ainda tem o grande desafio de ser vista e entendida como região estratégica para a economia e desenvolvimento do Brasil.
O alerta foi reforçado pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, em nova publicação em sua página no Facebook, neste domingo, 27/1.
“O Brasil precisa entender que necessita de uma Amazônia em euforia econômica e não em depressão. E isso levará à compreensão da relevância do parque industrial não poluente – e fundamental para a preservação da floresta – instalado no Distrito Industrial de Manaus. Sugiro a qualificação do debate, para chegarmos às decisões mais acertadas”, sugere Arthur em trecho de seu artigo.
O chefe do executivo municipal de uma das capitais mais desenvolvidas da Amazônia pondera ainda que a valorização da região, bem como do modelo Zona Franca, é benéfica não apenas para o Amazonas, mas ao Brasil e com ‘repercussões planetárias’.
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Interesse mundial
“A Amazônia é terra Brasil, porém de interesse mundial vital. O Brasil precisa saber tirar proveito desse fato, credenciado por uma governança responsável”, diz Arthur.
Em sua série de artigos, com repercussão nacional não apenas pelo conteúdo, mas pelo currículo e experiência política do autor, o prefeito de Manaus defende um olhar diferenciado sobre a Zona Franca e seus impactos.
Zona Franca de Manaus
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“A Zona Franca nasceu para desenvolver uma região estratégica e subdesenvolvida. Veio para diminuir esse grave problema brasileiro que é a desigualdade entre regiões, prima-irmã da desigualdade econômica e social entre pessoas. Se não for vista sob esse prisma, não será entendida por quem a esteja analisando”, alerta.
Segundo a Superintendência da Zona Franca (Suframa), o Polo Industrial de Manaus possui aproximadamente 600 indústrias de alta tecnologia gerando mais de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico.
Ainda em seu texto, Arthur informa que a Honda, principal empresa do polo de duas rodas, já atingiu 24 milhões de unidades produzidas no Amazonas.
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“E ainda há quem diga que aqui se faz maquiagem. Ainda existe quem julgue injustificável a concessão de incentivos para a ZFM. E ainda há quem não reconheça que ela preserva 97% da parte da floresta que cabe em solo amazonense. E ainda tem quem duvide que um processo de aquecimento global esteja em curso, com previsão de a temperatura média do mundo aumentar 1% só neste 2019. E, por absurdo que pareça, ainda se vê quem não compreenda que o desmatamento criaria sério problema econômico, político, diplomático, certamente até com contornos de tensão militar”, adverte o prefeito.
Filtro nos subsídios
Em sua publicação, Arthur Virgílio faz uma série de recomendações ao governo como “um filtro rigoroso nos subsídios” para “evitar o risco de transformar uma boa intenção num problema desnecessário como minimizar a relevância da Zona Franca e, com isso, sofrer desgastes internacionais”.
Além disso, cita que é necessário apoiar iniciativas de desenvolvimento sustentável e agilizar decisões que, segundo ele, “ficam emperradas nas gavetas de Brasília”.
Amazônia legal
A Amazônia Legal, termo criado pelo governo com a proposta de desenvolvimento da região, abriga os estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Acre, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso.
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“O jogo aritmético, que se limite à análise da relação renúncia fiscal/custo do emprego, não se sustenta, diante de tantas variáveis tão fartamente elencadas por tantos que conhecem de fato a região, seus problemas e suas magníficas possibilidades”, finaliza.
Amazoniaerede-Semcom