Amazonas tem quinze empregadores na Lista Suja do Trabalho Escravo

Amazonianarede – Portal do Purus

Boca do Acre,AM – Quinze empregadores do Amazonas aparecem na Lista Suja do Trabalho Escravo do Brasil. Juntos, os locais reúnem 112 trabalhadores que exercem suas funções em regime semelhante à escravidão, submetidos à jornada exaustiva, locomoção proibida por dívida, entre outros fatores.

Dois desses tem propriedade rural em Boca do Acre, são eles: Valdir Sperotto, da Fazenda Mococa, Antônio Javorski e Sebastião Gardingo, popularmente conhecido como ‘Tãozinho’, proprietários das fazendas Kero Kero e Simonik.

O levantamento completo foi feito pela Organização Internacional do Trabalho, o Instituto Ethos e a ONG Repórter Brasil. No total, são 409 empregadores do País responsáveis por 9,1 mil pessoas trabalhando em regime análogo à escravidão. A maioria se concentra na área rural e estão agora proibidos de conseguir crédito nos bancos públicos.

Dos 15 empregadores do Amazonas, sete estão no município de Lábrea, 610 quilômetros de Manaus, no Sul do Amazonas, uma das regiões do Estado mais atingidas pelo desmatamento. As áreas desmatadas são utilizadas para a criação de gado. Das sete fazendas identificadas no município, quatro tem como atividade principal a criação de gado para corte, enquanto uma tem trabalhos voltados para a extração vegetal.

Entre os estabelecimentos listados nestas condições no Amazonas, o que reúne o maior número de funcionários é a Fazenda Vale do Rio Fresco, em Parintins, com 15 trabalhadores exercendo suas funções de maneira inadequada.

Em Manicoré, distante390 quilômetrosda capital Manaus, foram identificadas três fazendas submetendo trabalhadores a regime de escravidão.

Em 2012, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) flagrou oito estabelecimentos no Amazonas com escravos em seu quadro de funcionários.

A Organização Internacional do Trabalho, o Instituto Ethos e a ONG Repórter Brasil desenvolveram a lista com base no Cadastro de Empregadores da Portaria 540 de 15/10/2004, divulgado pelo Governo Federal. A intenção, ao criar a lista, é possibilitar às empresas signatárias do Pacto Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo possam consultar se determinada propriedade está na relação.

O acesso a esse banco de dados é livre e as informações são constantemente atualizadas com base nos dados fornecidas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.