Amazonas – A taxa de mortalidade infantil registrou redução no Amazonas, no ano de 2014, na comparação com 2013. O dado, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam), aponta que, no ano passado, o Estado registrou 15,8 óbitos de crianças até um ano de idade, para cada 1.000 nascidos vivos. No ano anterior, esta taxa havia ficado em 17,2 óbitos.
“Numa ampla parceria que, além da Susam, envolve o Ministério da Saúde e as Prefeituras municipais do Estado, estamos trabalhando para reduzir ainda mais este indicador”, afirma o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim.
Ele destaca que as principais estratégias para alcançar esse objetivo são o fortalecimento e a qualificação do pré-natal, no âmbito da Atenção Básica, que é de responsabilidade das secretarias municipais de Saúde; a qualificação e humanização da assistência ao parto; e a ampliação de serviços especializados a fim de assegurar o diagnóstico e atendimento precoce de crianças com problemas congênitos, como é o caso daquelas que nascem com cardiopatias.
Programas e estratégias
A coordenadora estadual de Saúde da Criança, Katherine Benevides, frisa que, como parte da política de redução da mortalidade infantil no Estado, há uma série de programas e estratégias em execução, que buscam assegurar uma atenção integral às crianças, com ênfase na primeira infância.
“A Rede Cegonha, Rede Amamenta e Alimenta Brasil, os Hospitais Amigos da Criança e da Mulher e o Método Canguru são algumas das ações de maior visibilidade. Mas também há outras iniciativas que vêm colaborando para a obtenção desse resultado”, disse Benevides.
Ela citou o caso do programa executado pelo Governo do Estado, em parceria com o Ministério da Saúde, que assegura aos bebês prematuros de alto risco portadores de cardiopatia cianogênica ou doença pulmonar crônica, o acesso ao Palivizumabe.
“O Palivizumabe é um medicamento biológico de alto custo, produzido por engenharia genética e recomendado para a prevenção das infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório. O programa que executamos tem como público-alvo as crianças até 2 anos de idade, inseridas nesses grupos de risco”, disse a coordenadora.
Teleconferências
Outra ação estratégica que vem sendo intensificada pela Susam, em parceria com as secretarias municipais de saúde e a Universidade do Estado do Amazonas, é o uso da ferramenta de teleconferências – por meio do Polo de Telessaúde – para capacitar e atualizar permanentemente os profissionais do interior do Estado na atenção ao recém-nascido.
“Temos o Projeto Clube Neo e as demais atividades do chamado TelePesc, que é um programa de educação em Saúde da Criança, ambos amparados na ferramenta das teleconferências, que disponibilizam aos profissionais do interior palestras interativas com especialistas da capital”, ressaltou Katherine Benevides.
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