Amazonas recebe do MS quatro UBS fluviais

O ato contou com a prsença do ministro da Saúde, Ricardo Barros

 

O ato contou com a prsença do ministro da Saúde, Ricardo Barros
O ato contou com a prsença do ministro da Saúde, Ricardo Barros

Amazonas – Quatro barcos-ambulâncias para a UBS fluvial Para ampliar a assistência à saúde de comunidades nos municípios do Amazonas, o Ministério da Saúde entregou, na tarde desta quarta-feira (23), cinco Unidades Básicas de Saúde Fluvial (UBSF) que, juntas, darão assistência às populações de quatro municípios no interior do estado: Barreirinha, Itacoatiara, Parintins e São Paulo de Olivença.

Além de uma que vai contemplar a população de Melgaço, no Pará. A cerimônia contou com a presença do ministro da saúde, Ricardo Barros (PP), do secretário de saúde do estado, Pedro Elias, além de líderes indígenas e prefeitos de cidades do interior.

Cada UBSF contará com um médico generalista, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem, um dentista, um técnico de higiene bucal, um biomédico, um técnico em análises clínicas e agentes comunitários de saúde.

As embarcações estão equipadas para realizar todos os procedimentos que uma UBS ‘tradicional’ realiza, como curativos, inalações, drenagem de abcessos, suturas, retiradas de pontos, injetáveis, retiradas de corpos estranhos, pré-natal, planejamento familiar e preventivo, saúde do homem, do idoso e do adolescente, teste do pezinho e puericultura, imunização, controle de hipertensão, diabetes, hanseníase e tuberculose, consultas de enfermagem, médicas e odontológicas, além de ações de promoção e prevenção de saúde e visitas domiciliares.

O governo federal divulgou que o custo total do investimento aplicado na construção das unidades foi de R$ 12,2 milhões. Cada um das UBSF irá receber custeio mensal entre R$ 80 mil e R$ 90 mil assim que iniciarem o funcionamento e o atendimento à população.

O empresário Abrahão Jr, 44, dono do estaleiro JR. Serviços Navais Ltda, onde as embarcações foram produzidas, revelou à equipe de reportagem que o custo de cada unidade saiu por, aproximadamente, R$ 1,8 milhão e, ao todo, a meta é que até fevereiro de 2017 sejam entregues 18 embarcações.

“O governo federal repassa em torno de R$ 1,7 milhões ao convênio da prefeitura do município e, em contrapartida, a prefeitura entra com R$ 100 mil. No total, já foram entregues 13 embarcações. Restam apenas cinco, que tem previsão de entrega para fevereiro de 2017”, revelou.

Para Raimundo Atroari, 50, presidente da Fundação Estadual do Índio (FEI-AM) as UBSF representam um avanço significativo no tratamento e acompanhamento médico de doenças que costumam matar indígenas. “O indígena, para ter cuidados médicos, muitas vezes precisa sair da comunidade e enfrentar quilômetros de viagem de carro, barco ou avião, para poder ter tratamento digno em um hospital, pois ainda é precário o atendimento em nossas tribos. Essas UBSF vão facilitar o contato do profissional diretamente com a aldeia indígena”, destacou.

Ainda segundo Atroati, atualmente, estima-se que em todo o Amazonas tenha, aproximadamente, 180 mil indígenas, porém as UBSF devem contemplar apenas 50 mil indígenas. “Ainda é preciso investir mais na saúde indígena. São cidadãos que necessitam de uma atenção melhor.

Hoje em dia, a mortalidade indígena tem crescido, justamente por falta de investimentos na saúde. São inúmeros os registros de caso de tuberculose que matam muitos índios e esse crescimento tem a ver com a falta de médicos e enfermeiros presentes na aldeia”, frisou.

Recursos

O Ministério da Saúde divulgou que, atualmente, o orçamento da saúde indígena, nos últimos cinco anos, cresceu 221%, passando de R$ 431 mil em 2011 para R$ 1,4 bilhão neste ano. Atualmente, existe no país 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas que contam com 510 médicos, sendo que 65% são do Programa Mais Médicos.

Para o atendimento direito aos diversos povos e etnias, são 1.286 UBSI (unidade básica de saúde de indígena), 354 Polos Bases (unidade de referência) e 68 CASAI (tratamento e acompanhamento). Ao todo, são 22 mil trabalhadores em saúde, sendo 50% indígenas.

Em 2015, mais de 99 mil crianças foram vacinadas, 78,9% das crianças indígenas menores de sete anos. Em 2014, mais de 62 mil crianças de até cinco anos (67,9%) receberam acompanhamento nutricional. Em 2013, 80% das gestantes passaram pelo pré-natal.

Amazonianarde-Assessoria

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.