Amazonas quer adotar modelo de piscicultura desenvolvido em Mato Grosso

Amazonas pode adotar modelo de piscicultura desenvolvido no Mato Grossdo
Amazonas pode adotar modelo de piscicultura desenvolvido no Mato Grossdo
Amazonas pode adotar modelo de piscicultura desenvolvido no Mato Grossdo

Cuiabá – Uma comitiva do Governo do Amazonas chega a Cuiabá nesta quinta-feira (9) para visitar projetos de piscicultura bem sucedidos no Estado e conhecer o modelo de cadeia produtiva que vem produzindo 75 mil toneladas de pescado por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse montante é responsável por aproximadamente 20% da produção total de pescado do País, consolidando o estado como o primeiro no ranking nacional.

O objetivo é adotar o modo de criação de peixes em tanques redes, segundo o secretário de estado de Produção Rural e Sustentabilidade do Amazonas, Sidney leite. “Trata-se de uma viabilidade de produção mais econômica e que permite o compartilhamento da estrutura montada entre dois ou três produtores”, afirmou.

Além do secretário Sidney Leite, que lidera o grupo, integram a comitiva o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço; presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Miberwal Jucá; o secretário executivo de Pesca e Aquicultura do Amazonas, Geraldo Bernardino; e os deputados estaduais Dermilson Chagas e Orlando Cidade.

Sistemas

Um estudo realizado no ano passado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) identificou dois sistemas potenciais de intensificação em Mato Grosso: o de criação de peixes redondo em tanques redes, na barragem do Manso, e a produção de bagres de couro, em sistemas de fluxo contínuo de água, conhecidos como “raceway”, na região de Sorriso. Estes seriam os modelos a serem estudados para aumento da produtividade por hectare de lâmina d’água a partir da adoção de novas tecnologias.

Enquanto o tanque-rede aproveita a enorme quantidade de volume de água em represas e tem custo avaliado de R$ 90 mil por unidade instalada, o sistema “raceway” trabalha um grande fluxo de água nos tanques escavados, cujo valor de investimento chegou a R$ 1,1 milhão em construções de tanques para a recria, engorda e decantação, na região.

A viabilidade econômica do tanque-rede se baseou em uma produção anual de 200 toneladas de peixe redondo, em gaiolas de 600m3, instaladas na represa do Manso, localizada nos municípios de Chapada dos Guimarães e Nova Brasilândia. A capacidade de suporte é de 25 toneladas por ano. Para este modelo, a infraestrutura terrestre de apoio são uma casa e um galpão, de acordo com estudo do Imea.

Ainda assim, o modelo é o menos utilizado no Estado, representando 0,37% da piscicultura local. O viveiro escavado é mais adotado pelos produtores (78,44%), seguido por barragens (21,19%). Mato Grosso tem em média 3,66 hectares de lâmina d’água, sendo o centro-sul a região do Estado com a maior área destinada para a piscicultura, com tamanho médio de 10,20 hectares.

Meta

A Secretaria estadual de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror) tem como meta para este ano a viabilização de mil hectares de lâmina d’água no Estado da Região Norte. “É uma política do Governo de incentivo à atividade entre o pequeno e médio produtor”, explica o secretário do Amazonas, Sidney Leite.

Um dos desafios, segundo ele, é conseguir uma política de desoneração da ração, que hoje inviabiliza a atividade em algumas regiões do Amazonas, cujo território é o maior do País, ocupando uma área de 1,5 milhão de quilômetros quadrados. A principal fonte de alimentação dos peixes de cativeiro representa 70% da produção. O Projeto de Lei nº 1.151/2015, que concede os mesmos benefícios fiscais à ração do setor pesqueiro aos já outorgados aos bovinocultores e avicultores, tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília. O objetivo é fazer com que a produção aquícola do País cresca 20% em 5 anos, segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura.

O incentivo à piscicultura também é uma das metas do Governo de Mato Grosso. Em reunião com a Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), realizada no início do mês, o governador Pedro Taques afirmou que irá estudar uma política de atração de investimentos para o pescado. Para trocar experiências, a  comitiva do Amazonas reúne-se com o Secretário de Desenvolvimento  Econômico de Mato Grosso, Seneri  Paludo nesta quinta-feira (9), no gabinete do secretário, às 17h.

Amazonianarede-Secom

 

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