Os produtores rurais do Estado do Amazonas foram homenageados na manhã desta segunda-feira (5) em Sessão Especial na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) pelo Dia do Agricultor, comemorado no dia 28 de julho.
A homenagem foi proposta pelo deputado estadual Luiz Castro (PPS), que por motivo de viagem à Brasília, foi representado pelo deputado estadual Adjuto Afonso (PP).
A homenagem foi marcada por reivindicações em relação às dificuldades enfrentadas pela categoria, principalmente quanto a logística para escoamento da produção, acessos de estradas, ramais e vicinais em péssimas condições de trafego, além da falta de assistência técnica e insumos agrícolas. Outra demanda do setor é a construção de armazéns públicos para o setor primário. Os representantes do setor afirmam que o Amazonas tem tido avanços na agricultura, mas são pontuais e não dão base suficiente para criar no Estado um novo modelo econômico forte e gerador de renda.
Segundo a presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Amazonas (Fetagri), Izete Rabello, o agricultor precisa ser visto como o trabalhador que põe o alimento na mesa de cada cidadão. “O setor necessita de políticas públicas, que o auxiliem na sua atividade que é plantar, colher e escoar alimentos para os centros consumidores”, destacou a presidente.
“O Amazonas produz uma diversidade de culturas que passa pela produção de batata doce, cujo maior produtor é o município de Manaquiri; o guaraná, que é cultivado em Maués, Urucará e Parintins, enquanto a cultura da mandioca é praticada por quase todos os municípios,” disse Izete.
O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, avalia que o agricultor tem o que comemorar, mas ainda há desafios para alcançar o patamar ideal pelo setor no interior amazonense.
Muni apontou iniciativas importantes como o programa Amazonas Rural; a criação de uma Agência Agropecuária no ano passado, bem como a ampliação do Programa de Regionalização da Merenda Escolar, que neste ano o governo deve comprar mais de R$ 30 milhões em produtos e a proposta da criação de um novo parque de exposições para a categoria.
O deputado estadual José Ricardo (PT) assegura que o setor primário tem tudo para crescer, inclusive recursos financeiros, mas que falta decisão política de ter um planejamento. “É preciso trabalhar as condições materiais como construção de estradas e vicinais, casas rurais, construção de portos e melhoria das pistas de pousos nos aeroportos”, disse.
Participaram, ainda, da Sessão a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM).
Ausência de agências bancárias
O superintendente da Conab no Amazonas, Thomaz Meirelles, disse que a ausência de agências bancárias do Banco do Brasil e Banco da Amazônia, que operam com o crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento a Agricultura Familiar (Pronaf), impede que os agricultores tenham acesso a esse financiamento com juros menores.
“Outro problema é a ausência do seguro rural, que envolve o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. O Amazonas não é beneficiado pela portaria do Ministério da Agricultura, que diz onde e como plantar e quando colher”, informou, ressaltando que quando o produtor segue esse procedimento e algo dá errado ele é beneficiado pelo seguro.
(Fonte: Diretoria de Comunicação)