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(Foto: DA)
A partir de meia noite de sexta-feira, 10, os cerca de 700 educadores e agentes penitenciários do Amapá cruzam os braços em sinal de protesto pela falta de condições de trabalho no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), e nos chamados mini presídios, instalados em outros municípios.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amapá (Sinapen), Clemerson Sá, a principal problemática está dentro do presídio central, onde existem atualmente cerca de 2,3 mil detentos. A prisão foi projetada para receber aproximadamente 800 prisioneiros.
“Entre os problemas estruturantes está o próprio alojamento dos agentes. As obras já deveriam ter sido concluídas há um ano, mas nada foi feito. O secretário Marcos Roberto não dá nenhuma explicação sobre isso, apesar dos inúmeros ofícios encaminhados requerendo informações. Vamos parar na sexta e só retornamos na segunda. Apenas 30%, garantido por Lei, ficará disponível nos postos”, afirmou o presidente.
Outro problema é a transferência de presos que estavam no ‘Cadeião’ do Iapen, e que são considerados de alta periculosidade, para o Centro de Custódia Novo Horizonte. De acordo com Clemerson Sá, esses detentos são considerados líderes de grupos dentro da prisão. Entre os presos transferidos para o Centro de Custódia está “Tourão”, que é suspeito de comandar – de dentro da cadeia – assaltos e até o extermínio daqueles que opõem a ele. “Esses presos deveriam estão no Cadeião, e não no Centro de Custódia. Os servidores que ali estão correm sério risco de morte. São pessoas de alta periculosidade. E o Centro não foi feito para abrigar esse tipo de preso. Não temos nenhuma segurança dentro do sistema prisional, é essa a grande verdade”, resumiu.
A reportagem tentou contato com a assessoria do Secretário Marcos Roberto, mas não obteve retorno das ligações. A direção do presídio também foi procurada, mas sem sucesso na resposta.