Adolescentes aprendem sobre saúde sexual e reprodutiva

3 - saude sexual (3)Manaus – Um grupo de 24 adolescentes com idade entre 14 e 19 anos, escolhido entre jovens que participam de ações do Programa Saúde do Adolescente na Unidade Básica de Saúde (UBS) Lourenço Borghi, no bairro Japiim, zona Sul, participaram de uma experiência diferenciada na manhã desta quarta-feira, 8, com o início do projeto “Faça Acontecer – protagonismo juvenil em saúde sexual e reprodutiva”.

O objetivo do projeto, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), na Escola Municipal Padre Puga, é reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e jovens às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce por meio do incentivo ao protagonismo juvenil.

A assistente social Ana Cristina Dias, do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente da Semsa, explicou que o projeto consiste em capacitar os adolescentes em 15 oficinas com temas variados, para que eles atuem como multiplicadores de informações em saúde sexual e reprodutiva nos seus grupos sociais.

“A Semsa está iniciando o projeto junto à comunidade atendida na UBS Lourenço Borghi, mas a ideia é expandir as ações para todo o município, de acordo com os resultados obtidos, buscando reduzir casos de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez não planejada”, informou Ana Cristina.

O Ministério da Saúde considera como adolescentes pessoas na faixa etária de 10 a 19 anos. De acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2013), existem em Manaus 391.642 adolescentes. No ano passado, a cidade registrou o diagnóstico de 71 casos de Aids nessa faixa etária, representando 17  a mais do que no ano de 2013.

Oficinas

Os adolescentes inscritos no projeto irão participar de 15 oficinas lúdicas e interativas abordando temas como “Gênero, sexualidade e saúde reprodutiva”, “O que é sexualidade?”, “Namoro ou amizade”, “Tomada de decisão”, “Sexualidade em tempos de Aids”, “Negociação no uso da camisinha”, “Doenças sexualmente transmissíveis”, “Direitos sexuais e reprodutivos” e “Trabalhando com rótulos e solidariedade”.

A assistente social Rejeane Barros, que coordena o programa de Saúde do Adolescente desde 2009 na UBS Lourenço Borghi, informa que os temas das oficinas foram selecionados a partir das propostas do Ministério da Saúde, levando em consideração as especificidades do público adolescente.

“A ideia de formar um grupo de protagonistas juvenis busca incentivar os adolescentes para atuação como voluntários e como uma referência na escola e na comunidade sobre o tema, permitindo que eles possam multiplicar as informações entre outros adolescentes sobre práticas de prevenção às DSTs e à gravidez não planejada”, explicou.

Para Ingrid Brito de Souza, de 13 anos, a participação voluntária no projeto é uma forma de obter mais informações sobre temas importantes para todos os adolescentes.

“O projeto vai ser uma forma de promover uma reflexão sobre esses temas e também porque vou levar as informações para outras amigas e adolescentes que não estão tendo a mesma oportunidade de participar das oficinas”, afirmou Ingrid Souza.

Após as oficinas, os adolescentes serão incentivados a elaborar um plano de ação sobre como reproduzir o que irão aprender junto à comunidade onde vivem, a partir do mês de julho deste ano.

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