Acre deixa sua marca no Italia S/A, mostrando potencial de suas riquezas

O Acre deixou gravada sua participação no Italia S/A – Festival de Economia Criativa, realizado durante esta semana no Espaço Bienal, em São Paulo.

Como características marcantes, apresentou a riqueza estética dos móveis frutos do Curso de Design – que é um passo consolidado rumo à Escola de Design que o governo pretende instalar no Acre – as palestras ministradas por gestores do Estado, sobre a Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE), e o legado de Chico Mendes, que norteiam políticas de desenvolvimento e ações voltadas para a produção.

Passaram pelo local o cônsul-geral da Itália em São Paulo, ministro Mauro Marsili, o diretor de políticas do Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, o presidente do Comitê de Desenvolvimento Econômico (Codec) da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura, Giacomo Guarnera, o ator ítalo-brasileiro Nicola Siri e o músico acreano João Donato, além de estudantes e profissionais da área de design, entre outros visitantes.

Para o governador Tião Viana, o evento foi uma oportunidade de mostrar o Acre: “O que cada povo gosta de fazer é apresentar para os outros aquilo que ama. O Acre exibiu na Bienal os produtos amazônicos, que vêm do coração da floresta, que estão na cabeceira dos rios, porque tem um povo que construiu sua identidade no seu modo de ser e de viver, de ver o mundo, de mostrar para os outros povos como a gente quer ser feliz, como nós podemos viver de maneira melhor, conciliando a preservação dos recursos naturais e o desenvolvimento”, disse.

Quem conhece e é da terra ressaltou as belezas e riquezas do Acre; quem não conhece já pretende visitar, e quem acredita nessa parceria do Estado com novos parceiros para fomentar sua política de desenvolvimento não poupou elogios à iniciativa do governador Tião Viana e da primeira-dama, Marlúcia Cândida, curadora da exposição. Como foi ressaltado pelo diretor da Biblioteca da Floresta, Marcos Afonso Pontes, o evento é mais um capítulo da história do Estado que foi escrita: “25 anos depois da morte de Chico, o Acre mostrou, em um evento, sua história, seus avanços, suas riquezas”.

Ousadia na gestão – O Cônsul-Geral da Itália em São Paulo parabenizou o Estado pela iniciativa. “O Itália S/A é uma oportunidade muito boa para que a Itália reconte para o Brasil o que está fazendo no setor de design industrial do Made in Italy e do alto nível de toda nossa indústria criativa. Esta mostra vai nessa direção, a parceria entre Itália e Acre é muito boa, os produtos são testemunhas de coisas lindíssimas. A ação pode ser repetida também no futuro, para estreitar mais as relações industriais, empresariais e culturais entre a Itália e o Brasil. O Governo do Acre e o governador Tião Viana estão de parabéns”, afirmou.

O criador do Festival da Economia Criativa, Enrico Cietta, disse que o festival tem o objetivo de fazer conexões entre o design italiano e o brasileiro e que o Acre contribui para isso. “A ideia é usar este evento como uma plataforma para concluir a relação entre a Itália e o Brasil. Fiquei muito feliz com a participação do Acre, que é um caso exemplar de como dois países podem trabalhar juntos”.

A exposição – A Exposição “Acre, Made in Amazonia” foi apresentada em detalhes aos visitantes, com a palestra do diretor-presidente do Instituto Dom Moacyr, Marcos Brandão, seguido de uma participação do designer Bernardo Senna, que foi contratado pelo Poli Design de Milão, para coordenar o curso ao lado do designer francês Emmanuel Gallina.

Mas para quem circulou pelo salão da Bienal não precisou de muita explicação para entender e perceber a beleza das peças.

“Estou entusiasmada com o que acabo de ver. Acho que essa é uma ótima proposta para o Acre e, sendo assim, para o Brasil”, afirmou a produtora Maristela Gaudio.

Man Liu, designer de interiores e paisagista, é de Taiwan e mora no Brasil. Ela foi visitar o evento com a amiga e também design de interiores Marisa Alvarenga. “Fiquei surpresa com o resultado do trabalho do Acre. Em tão pouco tempo alcançaram um resultado excelente”, comentou Man Liu.

Convidados ilustres – Filho ilustre do Acre, o músico João Donato e sua esposa Ivone Belém fizeram questão de ir ao evento. Como um bom entendedor da terra, João declarou seu amor ao Estado. “As coisas do Acre são originais e únicas, naturais, e o material da floresta não tem pintura, nem maquiagem. É muito bonito, é uma coisa que não tem comparação. As coisas mais bonitas que conheço são as coisas provenientes do Acre. As florestas, os pássaros, os bichos, as madeiras, os produtos, as frutas, os peixes, os índios, os yawanawás, os ashaninkas, fora os outros que não conheço ainda mas terei o prazer de conhecer. Enfim, o Acre é um grande amigo da minha vida e o pai da minha música, que é tão diferente com mensagens pelo mundo afora”, declarou Donato.

Novos rumos – E não é só quem conhece o Acre que se encanta. O ator Nicola Siri gostou do que viu na exposição e já fala em visitar o Estado: “Parabéns, porque estas obras de arte e design são muito lindas. É um evento de economia criativa, onde se fala de como é importante manter as raízes, a própria mão de obra. Isso é fundamental e se reflete em todas essas peças lindas. É legal poder divulgar também o Acre para quem não conhece. Infelizmente não conheço, mas quero ir”.

Com tantos comentários, elogios e conversas que demonstram o interesse de quem acredita no potencial do Estado, os visitantes se convenceram com a frase citada em palestra pela subchefe da Casa Civil, Nazaré Araújo Lambert, de que “o Acre não é o fim do mundo, o Acre é o começo de uma linha que aponta para o Pacífico e tem muito a oferecer”. (Andréa Zílio / Agência Acre)

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