
Amazonas – O mutirão carcerário no Amazonas, formado por uma força-tarefa, começa hoje e vai avaliar mais de 5, 6 mil de presos no sistema no Estado.. O objetivo é realizar a análise processual de presos provisórios e condenados ocorre após o massacre de 65 detentos no Amazonas. Além disso, 225 aconteceu ainda uma fuga de 225 presidiários. De acordo com a Defensoria Pública, o objetivo é diminuir o número de encarcerados e diminuir a tensão nas cadeias. A revisão também vai ocorrer na Região Metropolitana.
A abertura será às 13h (15h pelo horário de Brasília), no Centro de Convenções Vasco Vasques, na Zona Centro-Sul de Manaus.
Do total de defensores públicos, 20 são da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
Em 10 dias úteis, o “Defensoria Sem Fronteiras” pretende rever, pelo menos, 10 mil processos de nove unidades prisionais.
Presos provisórios

“No caso dos provisórios, o objetivo é verificar se não há a possibilidade de aplicação de outras medidas restritivas de direitos que sejam alternativas à prisão, podendo resultar na elaboração de pedidos de relaxamento de prisão ou de liberdade provisória”, explica o defensor público geral do Distrito Federal e presidente do Condege, Ricardo Batista.
Os defensores públicos, além de revisar os processos, ainda visitarão os presídios para entrevistar os detentos e verificar as condições de cumprimento da pena.
“Vamos analisar se há ou não a correta separação, como manda a Lei de Execução Penal, se estão sendo respeitados seus direitos fundamentais de acesso à educação, saúde, trabalho e se não há a violação de Direitos Humanos que possam ser denunciadas”, adiantou Batista.
Assegurar direitos
De acordo com o defensor público geral do Amazonas, Rafael Barbosa, o objetivo é assegurar o direito dos detentos de terem seus processos revisados. Ele disse ainda que, durante o mutirão, serão colhidas informações para realização de um diagnóstico da população carcerária e da situação do sistema prisional na capital do Amazonas.

O diagnóstico elaborado pela Defensoria Pública será entregue ao Ministério da Justiça para ser utilizado na formulação de política de gestão do sistema penitenciário e colaborar com novos mutirões.
O Acordo de Cooperação Técnica tem validade de dois anos, o que facilita forças-tarefas em outros estados, se forem solicitadas e de acordo com a necessidade, avaliada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
A força-tarefa faz parte do programa Defensoria Sem Fronteiras, do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais (Condege) e sua realização em Manaus é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica assinado entre o Condege, o Ministério da Justiça e Cidadania e a Defensoria Pública Geral da União (DPU).
A iniciativa também integra o Plano Nacional de Segurança Pública e conta com o apoio do Governo do Amazonas.
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