Amazonas – A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (20), a Operação ‘Pater Criminis’, que revelou um esquema de fraude contra a previdência social. As investigações apontam que as fraudes aconteciam dentro do presídio de Puraquequara, na Zona Rural de Manaus.
Agenciadores recrutavam detentos para participar de esquemas de recebimento do auxílio-reclusão. Ao todo, a PF soma R$ 3 milhões em prejuízos até o momento. Três pessoas foram presas.
Pela previdência social têm direito a receber o auxílio, a esposa ou companheira, filhos de até 21 anos e inválidos, ou pais dependentes economicamente do preso. A partir disso, com o aval do detento, os agenciadores corriam atrás das formas de recebimento.
De acordo com a PF, uma delas era a comprovação de que o preso tinha um emprego no período da prisão. Assim eles conseguiam assinar a carteira de trabalho do detento de forma fraudulenta.
A investigação começou em janeiro deste ano, após uma denúncia que apresentou uma certidão de nascimento. O documento constava o nome de um detento como pai. Entretanto, a data de nascimento estava alterada.
Na certidão original a criança nasceu em 2002 e depois que consta o preso como pai, o nascimento passou para o ano de 2010. O objetivo da alteração era fazer com que a criança, mais nova no documento adulterado, faria o benefício durar mais tempo.
A Polícia Federal acredita que o grupo criminoso agia há pelo menos dois anos. Com as fraudes, eles conseguiam receber altos valores retroativos e até estender os períodos de recebimento do benefício.
o auxílio-reclusão é de pouco mais de mil e duzentos reais (R$ 1.212,64). Nas investigações constam casos em que o recebimento do auxílio atrasado chegou a R$ 200 mil, tudo divido entre agenciadores, detentos e outros envolvidos.
Na operação “Pater Criminis” da Polícia Federal, três agenciadores foram presos. As investigações continuam.
Amazonianarede-JAM