
MANAUS – Cerca de 916 mil trabalhadores do Amazonas receberão R$ 2 bilhões com o pagamento do 13º salário até o final deste ano. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (27), em pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor médio pago em 13º, neste ano, no Estado, será de R$ 2.085,49, um total de 10,2% superior ao valor médio pago em 2015, que foi de R$ 1.892, sem descontar a inflação.
Este ano, 916 mil trabalhadores receberão o 13º no Estado, entre empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários e aposentados. O quantitativo representa nove mil cidadãos a menos que os 925 mil trabalhadores e aposentados do Amazonas que receberiam R$ 1,87 bilhão com o pagamento do 13º salário em 2015.
Em 2015, o número de cidadãos que receberiam o 13º já foi menor que em 2014. Foram 11 mil pessoas a menos recebendo o benefício, em relação a 2014, reflexo do desaquecimento do mercado de trabalho.
A orientação aos trabalhadores é organizar as contas e dívidas para decidir como utilizar o 13º. “Quem tem dívida deve quitar as que têm maior incidência de juros. Quem deve o cartão de crédito e deve o crediário da loja, também é aconselhável quitar a dívida que tem os maiores juros”, disse o economista Ailson Rezende.
A sugestão é colocar o planejamento das dívidas em uma planilha para o consumidor analisar e priorizar os débitos que custam mais caro ao seu bolso. “Nem sempre dá pra pagar toda dívida com o 13º, então tem que escolher o que pagar”, afirmou Rezende.
É ideal, no momento do pagamento de uma dívida, negociar descontos, segundo o economista. Como há interesse do devedor em pagar e do credor em receber, é possível que o credor abra mão de alguns valores em juros e multas.
Neste ano, os empregados do mercado formal receberão R$ 1,57 bilhão, o que representa 76,8% do total pago no Amazonas. Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm fatia de 16,4% e custarão R$ 336,7 milhões aos cofres públicos. Os aposentados e pensionistas do Estado do Regime Próprio representam fatia de 5,9% (R$ 120,3 milhões).
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