De janeiro a abril 193 lojas fecharam em Manaus

Nas lojas, as quedas nas vendas são acentuadas, diariamente

 

Crise fecha centenas de lojas em Manaus
Crise fecha centenas de lojas em Manaus

Manaus, AM – A queda nas vendas do comércio varejista no Amazonas provocou o fechamento de dezenas de estabelecimentos comerciais na região. De janeiro a abril deste ano, aproximadamente 192 lojas do setor fecharam as portas no Estado, conta o empresário e presidente da Assembleia Geral da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra Filho.

De acordo com Bicharra, todos os segmentos do comércio varejista foram afetados com a crise e o Amazonas sofre duplamente com o atual cenário econômico. “Com o  aumento do desemprego, automaticamente diminui o poder de compra da população e quando o polo industrial não vai bem, o comércio sente de imediato”, avalia.

Segundo o presidete, a taxa de inadimplência no País beira os 50%, contribuindo para os números negativos no comércio. “Metade dos brasileiros deve e não consegue pagar suas dívidas, o que inibe o consumo”.

Dados do IBGE, divulgados em junho, apontam o Amazonas entre os Estados com variações negativas para as vendas no comércio varejista com retração de 1,6%. Em comparação com o mesmo período de 2015, a redução de vendas alcançou 14,3%.

O Amapá lidera a lista com uma queda de 15,1%, seguido de Rondônia (-14,7%). No comércio varejista ampliado, que inclui atividades de veículos, motos, partes e peças e materiais de construção, foi registrada redução em todos os Estados.

Diante desse cenário recessivo, a confiança do consumidor ficou abalada, explica Bicharra. Segundo ele, a taxa está abaixo do índice nacional. “O consumidor não sabe como investir nessa situação e o próprio empresário como empregar. As eleições devem dar um novo ar e assim espera-se renovar a confiança dos eleitores no cenário político e econômico do país”, analisa.

Para Bicharra a economia brasileira deve ser recuperada apenas no segundo semestre de 2017. “Pela nossa análise, mesmo com os indicadores negativos, o cenário do comércio que estava em queda livre parou e está equilibrado. Mas veremos mudanças a longo prazo, devido 2016 ser considerado um ano muito difícil”, disse.

Nas lojas, as quedas nas vendas são acentuadas, diariamente
Nas lojas, as quedas nas vendas são acentuadas, diariamente

Segundo o IBGE, o Estado ainda foi o que teve a maior queda no setor de Serviços em abril quando comparado com o mesmo período de 2015, alcançando 15,3% na redução no volume de atividades.

As vendas do comércio varejista recuaram 1,6% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, divulgados nesta última terça-feira  (28) pelo Banco Central (BC). As regiões Centro-Oeste e Norte destacaram-se com as maiores quedas: 2,4% e 1,8%, respectivamente.

De acordo com o BC, houve retração nas vendas em todos os dez segmentos pesquisados, destacando-se os registrados em livros, jornais, revistas e papelaria com queda de -6,6%; seguidos de tecidos, vestuário e calçados que marcaram -6,2%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico também caíram 4,4%. Indicadores apontam acomodação na tendência de retração das vendas no varejo no início do segundo trimestre de 2016. Ainda segundo os dados, o índice Serasa Experian de Atividade do Comércio, de abrangência nacional, registrou estabilidade, comparativamente a recuo de 2,6% no trimestre.

Já o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), aumentou 0,9% no trimestre em relação a igual intervalo de 2015. O indicador registrou variação mensal positiva após sequência de 36 meses de resultados negativos.

 

Amazonianarede-Jornal do

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