Amazonianarede Com Estadão Conteúdo
Brasília – Com um plano de desinvestimento de 9,9 bilhões de dólares, a Petrobras já tem um comprador para a refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão.
A operação chegou a avançar, mas teve que ser suspensa porque a licença de funcionamento da unidade estava vencida, o que a Petrobras está resolvendo.
A refinaria é um dos ativos que a petroleira pretende se desfazer para reforçar seu caixa e, com isso, viabilizar seu pesado plano de negócios, que prevê investimentos de 236,7 bilhões de dólares entre 2013 e 2017.
A unidade de Okinawa foi comprada por cerca de 50 milhões de dólares pela Petrobras, que não detalhou investimento nas instalações. O negócio tinha como objetivo aumentar a capacidade da estatal de refino no exterior.
A operação de Okinawa inclui a refinaria com capacidade de processar 100 mil barris de petróleo leve por dia, produzindo derivados de alta qualidade. Na época de aquisição, estava prevista ainda a utilização da capacidade de um terminal para impulsionar a negociação de biocombustíveis no mercado asiático. Mas a aquisição do ativo aconteceu antes da crise financeira internacional que detonou problemas no setor sucroalcooleiro no Brasil, com redução na oferta de etanol para exportação.
Terminal – O terminal de petróleo e derivados tem capacidade para armazenamento de 9,6 milhões de barris, três píeres com potencial para receber navios de produtos de até 97.000 tbp e uma monobóia de carregamento para navios petroleiros de até 280.000 tbp.
A Petrobras e a TonenGeneral, subsidiária da ExxonMobil, concluíram em 1.º de abril de 2008 o acordo para a compra de 87,5% de participação societária na refinaria – chamada, na cidade, de Okinawa – pelo valor aproximado de 50 milhões de dólares. A Sumitomo Corporation permaneceu com 12,5% da empresa, em sociedade com a Petrobras.
Em 1.º de abril de 2010, a Sumitomo Corporation informou à PIB B.V., subsidiária integral da Petrobras, o interesse de exercer o direito de venda de 12,5% das ações do capital da refinaria.