Aumentam os focos de caramujo africano em Manaus com as chuvas

Amazonianarede – Semmas – Redação

Manaus – Com a intensidade das chuvas em Manaus, aumentam os riscos dos quintais abandonadas serem invadidos pelos temidos caramujos africanos, que podem causar sérios danos a saúde e a população deve tomar cuidados especiais para lidar com esse tipo de molusco, bem diferente dos nossos caramujos, que não são nocivos à saúde.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) registrou o aumento no número de denúncias relacionadas a focos de caramujos africanos na cidade. Até a última terça-feira, o órgão havia recebido 83 denúncias desde o início do ano. De terça para quarta-feira (7), o número subiu para 91. Até então, a media diária era de uma denúncia por dia proveniente das mais diversas áreas da cidade.

O problema maior se concentra nas localidades próximas a terrenos particulares abandonados ou áreas públicas que se transformam em lixeiras viciadas. O acúmulo de entulhos e principalmente restos de comida propicia a proliferação.

As denúncias podem ser feitas pela Linha Verde da Semmas (08000-92-2000) ou pelo telefone 3236-6712, da Gerência de Educação Ambiental, setor que se encarrega de realizar visitas técnicas nos locais a fim de orientar os moradores sobre como fazer a coleta e o extermínio dos caramujos de forma segura. “É importante salientar que o nosso trabalho é educativo e visa sensibilizar as pessoas para a responsabilidade de cada uma manter seus terrenos limpos, sem acúmulo de entulho nem restos de comida, e seguirem os seis passos para a erradicação da praga”, afirmou Manoel Oliveira, técnico em Educação Ambiental da Semmas.

Os passos para o manuseio correto são: primeiro, saber diferenciar e identificar o caramujo africano, proteger a mão com um saco plástico, pegar os animais com a mão protegida e colocá-lo no saco, esmagá-los com uma pedra ou pedaço de madeira, colocar sal ou cal, e dispor na lixeira ou no local da passagem do veículo de coleta de lixo uma hora antes dele passar.

Manoel ressalta também a importância de se denunciar também a existência de terrenos particulares abandonados que estejam servindo como focos. Neste caso, os proprietários dos terrenos são identificados e notificados, recebem um prazo para a realização da limpeza das suas áreas e se não o fizerem, podem ser multados em até 50 UFMs (Unidades Fiscais do Município), o equivalente a R$ 3,5 mil.

O técnico explica que não há motivo para alarde. “A coleta e o extermínio do animal feito de forma segura, somado às ações de limpeza e manutenção, são suficientes para acabar com o problema”, afirma Manoel Oliveira, lembrando que o caramujo africano não morde, não pica, nem libera substância venenosa. “A recomendação que fazemos é de que apenas pessoas adultas, com a mão protegida, façam os seis passos. A proteção da mão é exatamente para evitar o contato com a mucosa do animal, que por ser uma espécie que rasteja pelo chão e pelo lixo pode hospedar vermes e parasitas causadores de doenças”, observa ele. 

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