Começa neste sábado o Marabaixo em Macapá

Tudo prepara para o Marabaixo, em Macapá
Tudo prepara para o Marabaixo, em Macapá
Tudo prepara para o Marabaixo, em Macapá

Macapá,AP – O Ciclo do Marabaixo 2015 em Macapá inicia no sábado (4), no grupo Berço do Marabaixo, no bairro Santa Rita, Zona Oeste da capital amapaense. A tradicional festividade acontece também em outros pontos, como grupos Pavão, no bairro Jesus de Nazaré, e Raimundo Ladislau, no bairro Laguinho, além da comunidade de Campina Grande, na Zona Rural.

As danças ao som das caixas – como são chamados os tambores de marabaixo – marcam o culto ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trindade. Também há rituais tradicionais, como a retirada do mastro na comunidade quilombola do Curiaú, levantamento e derrubada do mastro. Ainda há o Domingo da Murta – em alusão à erva aromática que serve para enfeitar o mastro.

“Pode-se dizer que o levantamento e derrubada do mastro e o Domingo da Murta são momentos importantes, pontos principais da festa”, diz a funcionária pública Naira de Paula Sena, de 61 anos, que também é cantadeira de marabaixo.

Na tradicional dança, é servida a gengibirra, uma batida feita com gengibre, açúcar e aguardente. Outra tradição é um jantar, quando um “cozidão” de carne é servido aos visitantes. Com direito a tocadores e dançadeiras vestidos a caráter (saias rodadas e camisas floridas), durante as apresentações são feitos os “ladrões” – onde os cantadores fazem improviso de letras.

O ciclo prossegue até o chamado “Domingo do Senhor” – o primeiro domingo após a celebração de Corpus Christi, em 2015, no dia 7 de junho.

“Esquenta” e abertura

Em 2015, a organização realizou uma espécie de abertura oficial do Ciclo do Marabaixo. O “esquenta” da festa aconteceu na noite de quinta-feira (2), no Centro de Cultura Negra, no bairro Laguinho, região Central de Macapá. Além de valorizar o espaço, o objetivo é chamar a atenção para que o local seja ocupado durante o ano – geralmente, só é utilizado em novembro, no período do Encontro dos Tambores.

“A intenção é, com o aval dos sócios fundadores da UNA (União dos Negros do Amapá), fazer com que o centro tenha uma função. Uma delas é receber oficinais de marabaixo, cursos de capacitação e outros eventos”, diz Iury Soledade, de 18 anos, que desde criança participa da festividade e integra um grupo de voluntários que fez a limpeza do Centro de Cultura Negra para a abertura do evento.

Amazonianarede-Assessoria

 

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