Desnutrição materna em Gaza causa aumento de bebês prematuros e de baixo peso

(Foto: Divulgação) Fonte: D24am. Leia mais em https://d24am.com/mundo/desnutricao-materna-em-gaza-causa-aumento-de-bebes-prematuros-e-de-baixo-peso/

A Unicef aponta para um reflexo direto da crise humanitária no território

Faixa de Gaza – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um alerta grave sobre os “efeitos devastadores” da desnutrição aguda de mulheres grávidas e amamentando na Faixa de Gaza. A organização aponta para um aumento preocupante no nascimento de bebês com baixo peso, um reflexo direto da crise humanitária no território.

De acordo com Tess Ingram, porta-voz do Unicef, a situação está criando um ciclo de fragilidade.

“Mães desnutridas dão à luz bebês prematuros ou de baixo peso, que morrem nas unidades de terapia intensiva neonatal ou sobrevivem, para depois sofrer de desnutrição ou complicações médicas.”

Os números demonstram a deterioração da saúde materna e infantil desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023:

Antes da Ofensiva: Apenas 5% dos nascimentos (cerca de 250 bebês por mês) em Gaza eram de baixo peso (abaixo de 2,5 kg).
Primeiro Semestre de 2025: A taxa de baixo peso dobrou, atingindo 10% dos nascimentos, o equivalente a aproximadamente 300 bebês por mês, apesar de uma queda no número total de partos.
A insuficiência ponderal ao nascer é atribuída a uma combinação de fatores observados em Gaza: má nutrição materna, aumento do estresse e acompanhamento pré-natal insuficiente. O Unicef classificou a resposta humanitária como “muito lenta e insuficiente”.

A desnutrição aguda se tornou um problema inédito entre gestantes e lactantes na região.

Entre julho e setembro de 2025, 38% das mulheres grávidas examinadas pelo Unicef sofriam de desnutrição aguda. Em outubro de 2025, um total de 8.300 mulheres grávidas e amamentando foram admitidas para tratamento contra a desnutrição aguda, o que representa uma média de cerca de 270 por dia.

A crise se reflete no aumento da mortalidade infantil. O número de bebês que morrem no primeiro dia de vida teve um aumento de 75% em Gaza, saltando de 27 por mês em 2022 para 47 por mês entre julho e setembro de 2025.

Ingram também criticou os “obstáculos impostos pelas autoridades israelenses” à entrada de produtos médicos essenciais e reforçou o apelo para que o ponto de passagem de Rafah seja reaberto para a passagem de caminhões humanitários, vitais para o tratamento de mães e recém-nascidos.

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Da Redação Portal d24am

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