Corinthians e Flamengo não estrearam bem na Copa Libertadores nesta quarta-feira. Fora de casa, Corinthians não saiu do 0 a 0 contra o Millonarios da Colômbia. No Engenhão vazio, Flamengo esteve na frente por duas vezes e cedeu o empate (2 a 2) ao River Plate.
Na terça-feira, o campeão Grêmio por pouco não venceu o Defensor do Uruguai e voltou para Porto Alegre com 1 a 1 na bagagem. E o Cruzeiro levou de 4 a 2 do Racing da Argentina. Nesta quinta-feira (01/3), Palmeiras visita o Junior Barranquilla e o Santos desafia o Real Garcilaso no Peru.
Em Bogotá, primeiro tempo do Corinthians foi de doer. Não investiu no ataque. Deu apenas um chute, um traque de Romero. Fruto de uma postura defensiva, cuidadosa ao extremo, na base do esquema que havia dado certo contra Palmeiras no clássico pelo Paulistão. Diante do Millonarios não funcionou. As linhas estavam distantes umas das outras. Mateus Vital, de 20 anos, encarregado de fazer a função de Rodriguinho,
Acuado
Sem força no ataque e com saída de bola comprometida, o campeão brasileiro se viu acuado pelo campeão colombiano. Em casa, muito à vontade, Millonarios chegava com facilidade no ataque abrindo jogo pelas pontas e dali o bombardeio na área corintiana. Muita insistência, mas pouca produção efetiva. Quando funcionava, a bola caía nos pés do atacante Del Valle e dali saía isolada tamanha falta de destreza do colombiano.
Não era de se esperar mais que um empate sem gols e nenhuma emoção nos 45 minutos iniciais.
No segundo tempo, Corinthians mudou de postura. Ocupou campo adversário e assumiu controle do jogo. Sem muita inspiração, é verdade, mas com mais disposição ofensiva. Henrique carimbou o travessão em rebote de um escanteio, no lance mais agudo da partida. Faltou ao campeão brasileiro um ataque mais efetivo. Seria pedir acima do que podem produzir Junior Dutra e Emerson Sheik lançados por Fabio Carille na parte final do jogo. No fim, 0 a 0 sem graça.
Estádio vazio, bola murcha
Engenhão sem torcida, Flamengo e River Plate passaram o primeiro tempo contemplando a imensidão vazia. Nenhum dos dois vibrou ou encarou o jogo como manda figurino da Libertadores. Goleiros Armani e Diego Alves não foram incomodados. Jogo frio. O único deslize foi um pênalti a favor do time brasileiro não assinalado pelo árbitro peruano.
No segundo tempo, mudança radical. Não uma maravilha, e sim pela sequência de gols. Flamengo saiu na frente em pênalti sofrido por Diego e convertido por Henrique Ceifador. Quando o time carioca ainda comemorava, sofreu gol de empate de Ponzio, impedido em cruzamento na área.
Mesmo sem jogar bem, sem soluções, Flamengo chegou ao segundo gol com Everton. Vitória encaminhada, sem mérito, até Mayada acertar bom chute de fora da área em um rebote da zaga rubro-negra e deixar o placar igual novamente.
Empate (2 a 2) expõe a fragilidade do time de Paulo Cesar Carpegiani. Em casa, mesmo pagando punição por jogar no estádio com portões fechados pelos incidentes no Maracanã na final da Copa Sul-Americana, teria de se impor diante de um River Plate ainda fora de sintonia apesar do alto investimento feito para beliscar a Libertadores. Não conseguiu.
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