Brasilia – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se tornou alvo de mais um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa já é a 18ª investigação contra o peemedebista em tramitação na Corte, sendo que ele já é réu em uma delas – que apura recebimento de propina em troca da apresentação de emendas parlamentares em favor da empreiteira Mendes Júnior.
Relator do novo inquérito, o ministro do STF Luís Roberto Barroso decidiu, na quarta-feira (23), levantar o sigilo da investigação, atendendo a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido de abertura de inquérito tramita na Corte desde maio deste ano.
Além de retirar o sigilo processual da investigação contra o ex-presidente do Senado Renan Calheiros , Barroso determinou também o cumprimento de diligências por parte da Polícia Federal.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo , o novo inquérito diz respeito a denúncias sobre esquema de desvio de recursos do fundo de pensão Postalis, que é o instituto de seguridade dos Correios.
Renan é suspeito de atuar para o recebimento de doações ao PMDB, via caixa dois, a partir da propina advinda de empresas de fachada que recebiam repasses milionários do fundo Postalis. As investigações tiveram como embrião depoimentos prestados pelo lobista Alberto Youssef e o ex-senador Delcídio do Amaral – ambos delatores da Operação Lava Jato.
Esquema do PMDB na Transpetro
Nessa sexta-feira, Renan também figurou no ról de denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo contratos da Transpetro, subsidiária de gás natural da Petrobras.
Também foram denunciados Romero Jucá, José Sarney, Valdir Raupp e Garibaldi Alves (todos do PMDB), além do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e dois administradores de uma empresa beneficiada pelo esquema.
Na ação penal na qual Renan Calheiros já é réu, ele é acusado de apresentar emendas parlamentares em favor da construtora Mendes Júnior. Em dezembro do ano passado, quando o Supremo decidiu aceitar a denúncia da PGR contra Renan, foi determinado também que o então presidente do Senado deixasse o cargo, medida que não foi acatada pelos senadores.
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