Rio – Em prisão domiciliar desde o fim de abril por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o empresário Eike Batista começou a pagar nesta quarta-feira a fiança de 52 milhões de reais imposta pelo juiz federal Marcelo Bretas.
O pagamento da cifra milionária é a condição imposta pelo magistrado para que o ex-bilionário não volte ao presídio de Bangu 9, onde ficou preso por três meses.
O prazo de três dias úteis ao pagamento da fiança estipulado por Bretas, que acaba à 0h desta quinta-feira, está suspenso por ordem dele enquanto Eike não deposita o valor integral.
“Suspendo os efeitos da decisão de fl. 2561 até a integralização do valor da fiança”, escreveu o juiz federal em um despacho na tarde de hoje, sem determinar um novo prazo para a integralização do pagamento. Não há informações sobre o valor já depositado em juízo pelo ex-bilionário.
Preso na Operação Eficiência, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, Eike Batista é réu em uma ação penal na Justiça Federal. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro por supostamente ter pago 16,5 milhões de dólares em propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral por meio de contratos fictícios de compra e venda de uma mina de ouro na Colômbia.
O valor de 52 milhões de reais da fiança equivale às vantagens indevidas supostamente pagas por Eike ao peemedebista.
A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo também teria recebido de Eike Batista, conforme com os procuradores, um milhão de reais de em contratos fictícios de advocacia.
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