Umanizzare deixa gestão do Compaj no Amazonas para empresa baiana Reviver

Umanizzare deixa gestão do Compaj no Amazonas para empresa baiana Reviver

O Compaj tem nova empresa gestora. Unidade é a mesma onde 56 presos foram mortos em um massacre há 2 anos. Em maio deste ano, outros 19 foram assassinados.

Manaus ,AM – A empresa Umanizzare deixou a administração do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. A  empresa Riviver, da Bahia,  assumiu a gestão da cadeia, no dia 10, após o Governo do Amazonas dispensar licitação no valor de R$ 32.009.076,00.

A unidade é a mesma onde 56 presos foram mortos em um massacre há 2 anos. Em maio deste ano, outros 19 presidiários foram assassinados no local.

Contrato emergencial

De acordo com o Governo do Estado, o contrato é emergencial e a nova empresa, Reviver Administração Prisional Privada Ltda., atuará na cogestão penitenciária do Compaj até a conclusão de licitação que prevê a contratação de empresa de gestão compartilhada. A previsão é que o processo licitatório seja lançado em agosto.

Não há informações sobre a data em que o contrato deve vigorar, mas a nova empresa deve permanecer a gestão do presídio, pelo menos, até janeiro de 2020 – data em que deve ocorrer a assinatura do novos contratos, segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

O contrato de cogestão em que o Governo do Amazonas e a Umanizzare dividiam funções para gerir o Compaj encerrou em 1º de junho deste ano.

Massacres de maio

Após série de mortes em unidades prisionais em maio, o Governo informou que não renovaria o contrato com a terceirizada responsável pela gestão de outros cinco presídios no estado. Na ocasião, a Umanizzare informou que vai concorrer na nova licitação para se manter na administração das cadeias.

O Compaj foi palco de um massacre em janeiro de 2017, considerado até hoje o maior do Amazonas. Na ocasião, 56 pessoas morreram depois de uma rebelião que durou 17 horas. Muitas das vítimas foram esquartejadas e queimadas.

Matança

A matança começou no Compaj e se espalhou para outros presídios, como a Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

Em outro massacre, em maio de 2019, outros 15 detentos foram mortos na unidade prisional. Outras quatro unidades também registram assassinatos.

Os crimes ocorrem em dois dias e, de acordo com autoridades de segurança, uma disputa entre integrantes de uma mesma facção causou a matança.

Amazoninarede-BDAmaz

 

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