Manaus – Uma equipe multidisciplinar de professores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) se reuniu na manhã desta quarta-feira (16 de julho), na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SDS), para apresentação do projeto de pesquisa de detecção e remediação de mercúrio.“Nosso projeto está focado nos problemas da região amazônica, como a contaminação de mercúrio dos rios e as populações ribeirinhas que sofrem com isso. Ele é uma substância biocumulativa. Os ribeirinhos comem peixes, que se alimentam de plantas do rio que têm bastante concentração de mercúrio. Isso pode provocar doenças”, explicou a biotecnóloga Luna Lacerda.
A competição iGEM (International Genetically Engineered Machines), que este ano ocorre em Boston (EUA), no período de 30 de outubro a 04 de novembro, foi criada em 2004, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Os objetivos são a criação de um banco de dados mundial de partes biológicas; o incentivo da criatividade; a interação entre grupos de pesquisa; e a geração de ideias e tecnologias inovadoras de caráter multidisciplinar. “A inserção do Amazonas é interessante, porque há poucos representantes brasileiros”, afirmou o professor da UFAM, Carlos Gustavo Nunes.
O mercúrio ainda é utilizado de forma precária nos garimpos da região, sendo inclusive regulamentado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMAAM), através das Resoluções 011 e 014 de 2012. O tema deve ser retomado ainda este ano pela presidência do Conselho, conforme declarou a Secretária da SDS, Kamila Botelho.
“Nos próximos meses, colocaremos em pauta, no CEMAAM, as resoluções que tratam do uso do mercúrio, com o objetivo de avaliar qual foi seu impacto socioambiental para a atividade garimpeira, mas, estamos investindo em análises dos estudos e pesquisas sobre o tema. A pesquisa da UFAM receberá apoio do Governo do Amazonas para que possamos avançar nessa questão”.
Fonte: Ascom