Vice adia posse em Maraã após prisão de suspeitos da morte de Cícero Lopes

Cícero Lopes estava em seu primeiro mandato de prefeito, em Maraã, e foi assassinado com um tiro de espingarda na tarde do último domingo
Cícero Lopes estava em seu primeiro mandato de prefeito, em Maraã, e foi assassinado com um tiro de espingarda na tarde do último domingo
Cícero Lopes estava em seu primeiro mandato de prefeito, em Maraã, e foi assassinado com um tiro de espingarda na tarde do último domingo

MANAUS, AM – O vice-prefeito de Maraã, Luiz Magno (PT), recuou em assumir em definitivo a prefeitura municipal – cujo cargo ficou vago com a morte do titular, Cícero Lopes (Pros) – após a prisão de três envolvidos com o assassinato do prefeito, sendo dois deles primos de Magno.

Conforme informações de parentes do vice-prefeito, ele já havia protocolizado um requerimento junto à Câmara Municipal de Maraã, anteontem, informando o direito de assumir o mandato como sucessor natural de Lopes. No entanto, com a prisão de dois de seus primos, Magno resolveu aguardar o desfecho das investigações, conforme um familiar que não quis ser identificado, com medo de retaliações.

No início da manhã de ontem, a polícia de Maraã prendeu um empresário, identificado como “Ademir”, e dois primos do vice-prefeito, identificados como “Lázaro” e Anderson Moraes, que confessaram ser os mandantes do assassinato de Cícero Lopes.

Os três acusados confessaram que haviam contratado uma terceira pessoa, que também seria parente de Luiz Magno, para matar o prefeito. As informações são do comandante do 3º Batalhão de Tefé, que tem suas abrangências de gerências no policiamento no município de Maraã, major Allan Rêgo. O motivo seria uma dívida contraída pela prefeitura no valor de R$ 75 mil.

Entretanto, o major Allan Rêgo informou que as investigações ainda não finalizaram, mas acrescentou que a polícia já tem o nome do suposto atirador. Apesar da prisão dos três acusados e o envolvimento de uma terceira pessoa, além de terem alegado que o crime seria por dívida, Allan Rêgo afirmou que a motivação política ainda não foi descartada.

“Apesar do Ademir (Moraes) afirmar que o assassinato foi ocasionado por uma dívida, o que é estranho é saber que os envolvidos são primos do vice–prefeito”, observou o major. Ele acrescentou que Lázaro Moraes é envolvido com comércio de drogas no município.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Bethuel Brizido Filho (PSC), disse que a Câmara não vai dar posse, neste momento ao vice-prefeito porque estão esperando um documento da Justiça Eleitoral para oficializar ou não o ato. “Nós temos até dez dias para fazer a posse do novo prefeito. Com isso, estamos esperando a finalização do inquérito de investigação”, acrescentou Bethuel.

O irmão do prefeito, Miguel Lopes – que defende a tese de crime político -, disse que recebeu a informação de que o atirador seria uma pessoa ligada diretamente ao vice-prefeito que morava em uma comunidade próximo à sede do município. Ele disse ainda que o vice-prefeito já está articulando para assumir a prefeitura, inclusive dividindo os secretariados.

Pré-candidato

Eleito vice-prefeito na chapa de Cícero Lopes, Luiz Magno já se apresentava como pré-candidato majoritário nas eleições de outubro.

O parente do vice-prefeito confirmou que existia uma rivalidade política entre os dois, rixa que começou logo após o resultado das eleições de 2012, quando foram eleitos. “Existia, sim, uma briga entre eles, mas era política e nada mais. Eu tenho total convicção da inocência do meu primo”, disse o familiar que pediu anonimato.

Magno preparava uma ação para pedir a cassação do mandado de Lopes por improbidade administrativa.

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