Manaus – A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Manaus (CMM) investiga, há dois meses, 21 empresas de Manaus suspeitas de fazer descarte irregular de lixo em aterros clandestinos na capital. Informações sobre a investigação foram divulgadas nesta quinta-feira
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Parlamentares acreditam na existência de esquema de descarte de lixo industrial. O crime teria uma motivação financeira. As empresas precisam seguir padrões previstos na Lei 12.305/2010, que “Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos”.
“Aqui [no lixão] a gente tem resíduos de toda natureza:, hospitalar, derivado de petróleo e etc. Isso é um mal muito grande. A agente consegue ver a degradação de uma área como essa. Nós temos um problema que é a contaminação dos lençóis freáticos que, isso sim, causa um dano a cidade de Manaus”, disse o vereador Everaldo Farias à Rede Amazônica.
De acordo com a comissão, o esquema envolve empresas terceirizadas que deveriam dar destinação correta aos resíduos. O descarte ocorre em terrenos sem qualquer preparo sanitário e acontece, geralmente, à noite ou de madrugada.
A falta de fiscalização favorece a destinação errada dos resíduos. “O Ipaam [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas] não tem capacidade para ficar 24 horas ali dentro fiscalizando. Então na hora que a gente se ausenta, você ouviu o secretário dizer que há um mundo noturno e um mundo diurno. O mundo diurno está todo dentro da legalidade. O noturno na ilegalidade”, disse a presidente do Ipaam, Ana Aleixo.
Ainda segundo a Comissão de Meio Ambiente da CMM, um relatório sobre os lixões ilegais de Manaus foi encaminhado ao Ministério Público, que deverá analisar a denúncia.
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