Manaus – O Senado Federal aprovou na terça-feira (10), o fim de coligações partidárias para eleições proporcionais – de deputados federais, estaduais e vereadores.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 61 votos a favor, 7 contra e 2 abstenções. Desta forma, o assunto foi levantado e extremamente discutido nesta quarta-feira (11), na Câmara Municipal de Manaus (CMM). O vereador Fabricio Lima (SDD) foi um dos que defendeu a proposta.
“Respeito à opinião de todos os meus colegas parlamentares e defendo com todas as minhas forças a nova aprovação, pois entendo que a vontade popular através do voto deve ser respeita. Isso é democracia”, disse Lima, ao salientar que com o fim das coligações nas eleições proporcionais, o voto dado no candidato de um determinado partido não poderá contribuir para a eleição de candidato de outra agremiação.
“Já passei por duas eleições a qual fui muito bem votado e não pude representar aqueles que me confiaram seu voto. Assim, acredito que a medida contribuirá para o fortalecimento dos partidos políticos e para a transparência na representação política. Não desmereço quem é suplente e quem não é, todos merecem respeito e muitos desempenham papel exemplar, mas está na hora de uma nova política para o País”, disse.
O texto, do ex-presidente da Casa José Sarney (PMDB-AP), foi aprovado em primeiro turno. Agora, terá de ser discutido novamente em plenário em três sessões para ser submetido à nova votação. Caso seja aprovado em segundo turno, seguirá para análise do plenário da Câmara dos Deputados.
O sistema atual permite a união de partidos nas eleições para deputados estadual e federal e para vereador, formando uma coligação. Na hora de votar, o eleitor pode escolher um candidato (voto nominal) ou apenas o partido (voto de legenda).
Quanto mais votos uma coligação obtiver (somando nominais e na legenda), mais vagas terá no Legislativo. Na prática, coligações que têm candidatos bem votados (“puxadores de votos”) e/ou muitos votos na legenda conseguem eleger também candidatos pouco votados. Por isso, é comum ver um candidato ser eleito mesmo tendo menos votos que outro, de outra coligação.
Texto:Amazonianarede- Assessoria
