Brasília – Por unanimidade, os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negaram o pedido do PSDB de auditoria na apuração das eleições.
Os ministros afirmaram que os sistemas puderam ser auditados previamente pelos partidos, inclusive por empresas terceirizadas. Entretanto, o TSE autorizou o fornecimento de documentos solicitados pelo PSDB como registros de urnas — muitos estão publicados na internet. Para outros, a oposição terá de fazer petições próprias e arcar com os custos de cópia.
O ministro Dias Toffoli, defendeu a segurança da urna eletrônica, usada há 18 anos. “A informatização sempre se pautou pela segurança, e o sigilo do voto é grande conquista da democracia.” A petição do PSDB não apresentou nenhuma prova e foi baseada em comentários de redes sociais, segundo parecer do Ministério Público.
O ministro Gilmar Mendes defendeu a ampliação de regras de transparência para evitar que o “imaginário popular” creia em boatos. Ele criticou a presidente Dilma por ter dito, no ano passado, que poderia “fazer o diabo quando é a hora da eleição”. “Será que ‘fazer o diabo’ significa ser capaz até de fraudar a eleição? Veja a responsabilidade de pessoas que ficam a falar bobagem”, disse Mendes.
O coordenador jurídico do PSDB, Carlos Sampaio, elogiou a apreciação do TSE e afirmou que o partido queria apenas obter esclarecimentos. “Eu sou a pessoa que mais dá crédito ao processo de urna eletrônica.” Ontem, a Justiça Eleitoral de Mato Grosso condenou o diretor-regional dos Correios, Nilton do Nascimento, a pagar R$ 5 mil por usar e estrutura da estatal para fazer campanha para Dilma e seus aliados.
Fonte: Correio Web