Sustentabilidade: Acre é exemplo para o país

16-06ufacRio Branco, AC – As experiências com a restauração florestal e a recuperação de pastagens degradáveis na reserva do Humaitá, em Porto Acre (a 60 quilômetros de Rio Branco), serão incluídas em portfólio da Associação ProScience, uma empresa de consultoria contratada pelo Programa Água Brasil, que descreve as experiências bem-sucedidas nos biomas brasileiros.
O Projeto Arboreto foi desenvolvido por um grupo de cientistas da Ufac e agricultores do Humaitá com o objetivo de desenvolver a pesquisa e a educação agroflorestal para comunidades tradicionais do Acre.

E o Programa Água Brasil, da qual o projeto fará parte agora, é fruto de parceria entre a Fundação Banco do Brasil, o WWF-Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA).

Embora a consagração nacional do Projeto Arboreto tenha chegado agora, os estudos começaram há 33 anos, no Parque Zoobotânico, o PZ, segundo informa a Ufac em reportagem na mais recente edição do seu boletim, o Ufac Hoje.

O desafio era reflorestar a região de pasto, de cerca de 110 hectares, doada para a Ufac para a instalação do PZ, tornando-o num vasto campo de pesquisa.

Técnicos do herbário começaram a produção de grande volume de mudas de espécies florestais, para que a ação se tornasse possível. Para isso, foram plantadas 138 espécies de árvores, que seriam experimentadas em projetos de pesquisa no PZ.

Hoje, o PZ é a maior área verde do perímetro urbano de Rio Branco, com 165 hectares, podendo chegar a mais de 210 hectares de mata de regeneração.

No Humaitá, a experiência começou há 11 anos, na propriedade do agricultor Valdir Silva, a 29 quilômetros de Rio Branco.
Uma comissão da Associação ProScience já esteve no Acre para verificar in loco o programa, no Parque Zoobotânico. As pesquisadoras Simone Bazarian e Maria Rosa, da ProScience, vieram conhecer o projeto no PZ e no Humaitá.

“É incrível como a diversidade de espécies se comportaram bem ao longo desses anos”, frisou Bazarian.

As áreas agrícolas do Humaitá se tornaram então modelos de reflorestamento, sem uso de queimadas nem de agrotóxicos e após a implantação das técnicas levadas pelo Arboreto, a fauna e a flora se recompuseram.

“Voltamos a ver capivaras e tatus, coisa que já fazia tempo que não se via”, comemora Valdir Silva.

Há mais de dez anos sem utilizar queimada em sua terra, Silva exibe as técnicas levadas pelos profissionais da universidade e mantidas até hoje. Entre elas, a adubação verde, com uso de leguminosas como o feijão-de-porco e a mucuna-preta ou feijão-da-flórida. Elas contêm a invasão do capim e mantêm o solo úmido e fértil por todo o ano.

As informações são de Glauco Capper, do Ufac Hoje/ Foto: Glauco Capper

 

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