Surto: doença ataca 40, de uma vez em Ponta de Pedras, PA

Especialistas do Instituto Evandro Chagas e do Grupo Técnico de Zoonoses da Secretaria de Saúde do Estado passarão esta semana no município de Ponta de Pedras no Marajó, onde foi identificado um surto de toxoplasmose. O número de casos já chega a 40.

Os técnicos vão fazer coleta de sangue, ouvir os doentes e analisar os hábitos alimentares. A doença tem afetado principalmente crianças e jovens. “Só após essa análise é que poderemos dizer que medidas devem ser tomadas para combater a doença”, explica o médico e pesquisador, Nelder Wesley, do GT de Zoonoses.

Ele embarca amanhã para o município, onde haverá uma conferência de saúde para repassar, aos moradores da cidade, os cuidados que devem ser tomados para conter o surto.

A equipe que já está em Ponta de Pedras deve ficar no local até o próximo domingo e, ao voltar, apresentará um relatório indicando as causas do surto e as ações de prevenção que devem ser tomadas pelas autoridades de saúde e pela própria população.

A toxoplasmose é provocada pelo protozoário toxoplasma gondii. As formas de contágio são a ingestão de alimentos contaminados e mal cozidos. Fezes de felinos, como os gatos, também podem transmitir a doença. Em Ponta de Pedras, as equipe de saúde estão avaliando as condições de higiene do matadouro municipal, uma das hipóteses sobre as causas do surto no município.

Os primeiros casos da doença em Ponta de Pedras foram registrados há dois meses e o número de casos disparou na última semana.

Doença leva à cegueira. Maior cuidado é com as gestantes

O médico do Grupo de Trabalho de Zoonoses, Nelder Wesley, explica que a maioria das pessoas tem contato com o protozoário causador da doença que está também muito presente na areia, mas nem todas desenvolvem os sintomas.

A doença se manifesta quando há uma baixa de resistência do organismo. Os sintomas são cansaço, manchas e dores pelo corpo.

A toxiplasmose não leva à morte, mas pode ser especialmente grave em mulheres gestantes, já que pode levar a sequelas como cegueira nos bebês.

A prioridade dos técnicos agora é identificar o que está levando os moradores do município no Marajó a apresentarem esses sintomas.

Por enquanto, a ordem é ter cautela e não fazer especulações até que a investigação seja concluída.

(Diário do Pará) 

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