Suframa busca área para um novo Distrito Industrial em Manaus

Amazonianarede/Jornal do Commercio

Manaus – A lista de investidores interessados em áreas incentivadas pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é grande.

A autarquia possui mais de 114 solicitações de empresas. O governo do Estado e Prefeitura de Manaus realizam levantamento de terrenos planos nos arredores de Manaus e áreas da Região Metropolitana de Manaus (RMM) como alternativas para atender a demanda.

O superintendente Thomaz Nogueira garante que há uma proposta concreta trabalhada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) em conjunto com o governo federal.

O secretário de Planejamento, Airton Claudino, disse que é preciso pensar em novas alternativas, caso o projeto de extensão territorial da Zona Franca de Manaus (ZFM) seja aprovado. Entretanto, na avaliação do secretário, os trabalhos não podem esperar a aprovação. “Como medida de prevenção, há um levantamento de áreas que possam compor um novo Distrito Industrial nas áreas metropolitanas”, afirmou.

De acordo com Claudino, algumas áreas do Distrito 2 foram invadidas e, hoje, são ocupadas por famílias; outras têm topografia ruim, o que eleva o custo para a preparação e terraplanagem dos terrenos. “É preciso procurar outras alternativas. Já estamos fazendo isso”, disse.

O consultor econômico Raimundo Lopes Filho avalia que os espaços concedidos às empresas do PIM se traduzem em incentivo aos empresários. Segundo o profissional, a Suframa ampliou o Distrito Industrial em 5 mil hectares, mas somente cerca de 40% foi ocupado por empresas. “Temos 3 mil hectares da área de expansão do DI totalmente ocupadas por invasores”, disse.

Resguardar direitos

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, avalia a expansão do Distrito Industrial para a Região Metropolitana de Manaus com receio. O dirigente disse que a Constituição Federal é a única garantia da ZFM como salvaguarda, apontando como exemplo a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin). “Somos calcados na Constituição. Se abrir para alterar ampliações e alguma coisa for inserida e houver prejuízo ao Estado, não teremos mais essa salvaguarda, essa legalidade de nos sustentarmos por meio da Constituição. Por isso, vejo com certo receio a busca pela ampliação”, admitiu.

Segundo Périco, o Distrito 2 tem dificuldade de áreas. Conforme o presidente, os terrenos que sobram são acidentados, o que leva muitas empresas para a Avenida Torquato Tapajós, devido à infraestrutura, terraplanagem e oferta dos serviços oferecidos. “Temos que encontrar alternativas. Mas, isso não passa só pela Suframa, envolve a Prefeitura de Manaus e o governo do Estado”, afirmou.

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