S&P rebaixa além do Brasil, Petrobras, 13 bancos; Bradesco, BB, e Itaú entre outros perdem grau de investimento

Com o rebaixamento do país, muitas empresa e bancos foram à reboque
Com o rebaixamento do país, muitas empresa e bancos foram à reboque

Após cortar as notas de crédito do Brasil e da Petrobras, o rebaixamento atingiu também 31 empresas brasileiras, a Após rebaixou ainda as notas de empresas e 1º cortar as notas de crédito do Brasil, Petrobras, a Standard & Poor’s rebaixou na noite desta quinta-feira (10) os ratings de 13 bancos brasileiros, entre eles os maiores do país, como Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco. Destes, 11 perderam o grau de investimento.

A ação de rating acontece um dia após o Brasil perder o selo de bom pagador (grau de investimento) na classificação da S&P, o que motivou a decisão da agência de rebaixar os bancos.

Segundo a S&P, as instituições financeiras raramente são avaliadas acima da nota de crédito soberano porque, durante o estresse soberano, poderes regulatórios podem “restringir a flexibilidade financeira do sistema bancário”, e porque “os bancos costumam ser afetados pelos mesmos fatores econômicos que causam o estresse soberano”.

Período de ajuste Para a agência, a esperada retração da economia em 2015 vai afetar os bancos e levar a um período de ajuste nos próximos 12 a 18 meses, “prejudicando a melhora recente na qualidade de seus ativos e rentabilidade”.

“Nos últimos dois anos, grandes bancos focaram em ativos mais seguros e menos cíclicos que, em nossa visão, vão possibilitá-los aguentar a fraqueza da economia”, diz a S&P.

Por outro lado, a agência conclui que bancos de pequeno e médio porte, que se concentram em emprestar para pequenos e médios negócios e têm alta exposição a setores cíclicos, que vão sofrer perdas de crédito significativas, e podem levar a uma revisão negativa de capital e ganhos e a avaliação da posição de risco nestes bancos”

Para a S&P, o perfil de crédito do Brasil enfraqueceu desde o dia 28 de julho, quando a agência revisou a perspectiva [da nota do país] para negativa. “Nesse momento, observamos riscos maiores para as mudanças nas políticas de ajuste ainda em andamento, especialmente da dinâmica política no Congresso associada aos efeitos das investigações de corrupção da estatal Petrobras”.

Veja a lista dos 11 bancos que perderam grau de investimento:

Banco Safra S.A Banco Bradesco S.A Banco Citibank S.A Itau Unibanco Holding S.A Itau Unibanco S.A Banco Santander (Brasil) S.A Banco do Nordeste do Brasil S.A Banco do Brasil S.A. Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. Caixa Economica Federal S.A (Caixa) Banco Nacional de Desenvolvimento Social S.A (BNDES)

A outrora poderosa Petrobras, puxa a fila das empresas
A outrora poderosa Petrobras, puxa a fila das empresas

Os onze bancos que perderam o selo de bom pagador caíram um degrau na classificação da S&P, de BBB- para BB+. Os bancos BTG Pactual e Pan, que já não possuíam grau de investimento, também foram rebaixados.

Outros dois bancos tiveram seus ratings mantidos, mas a perspectiva alterada para negativa: Banco Votorantim S.A. e Banco ABC Brasil S.A. A nota de c´redito do HSBC Brasil também foi mantida.

O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. A partir da nota de risco, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido.

Alguns fundos de pensão internacionais, de países da Europa ou os Estados Unidos, por exemplo, seguem a regra de que só se pode investir em títulos que estão classificados com grau de investimento por agências internacionais.

Petrobras perde grau de investimento Mais cedo, a S&P tirou o grau de investimento da Petrobras. A nota da estatal foi rebaixada em dois níveis, de “BBB-” para “BB”, com perspectiva negativa. A ação de rating acontece um dia após o rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil, que perdeu o selo de bom pagador na classificação da S&P.

A fila dos bancos é puxada pelo Banco do Brasil
A fila dos bancos é puxada pelo Banco do Brasil

Levy fala em conter ‘afã’ de outras agências Em entrevista nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a afirmar que o governo perseguirá um superávit primário – economia feita para pagar juros da dívida pública – de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem. Segundo o ministro, os brasileiros estão dispostos a pagar mais impostos para o ajuste: “(se) a gente precisar pagar um pouquinho mais de imposto para o Brasil ser reconhecido como um país forte, eu tenho certeza que todo mundo está disposto”, afirmou.

Entretanto, não anunciou nenhuma medida nova, quer seja um bloqueio adicional de gastos, ou propostas para elevações de tributos. Segundo Levy, as medidas de ajuste fiscal podem influenciar positivamente a conter o afãs de outras agências de risco. “Uma das agências pode ter se precipitado [ao rebaixar a nota brasileira].

Vários bancos privados foram envolvidos, entre eles, o Bradesco
Vários bancos privados foram envolvidos, entre eles, o Bradesco

Quando a gente mostrar que aquele processo que já estava em andamento [de novas medidas para consolidar o ajuste fiscal] vai ter conclusão em algumas semanas, acho que talvez o afã de revisar a nota do Brasil arrefeça entre as outras agências e também a própria avaliação do mercado, que irá se tranquilizar”, declarou.

Amazonianarede-Agencias

 

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