Amazonas – Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) paralisaram as atividades no Amazonas. Nesta quarta-feira (29), trabalhadores se reuniram em frente à sede do órgão, na Avenida São Jorge, bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus. Aposentados e parte dos efetivos responsáveis por pesquisas participam do ato.
Os trabalhadores reivindicam a reestruturação do Plano de Carreira, o fim da compensação de trabalho e a readmissão dos demitidos na greve de 2014, fim do trabalho temporário em atividades contínuas e concursos públicos que cubram as vagas em aberto no IBGE.
A paralisação acontece em outros estados e ocorre no mesmo dia em que a Associação dos Servidores do IBGE (ASSIBGE) fará negociação com o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, na capital Federal.
De acordo com a coordenadora de núcleo sindical no Amazonas, Érica Peres, a partir do resultado da reunião em Brasília, os trabalhadores devem votar a partir desta quarta uma futura greve.
“A gente espera que ele [secretário de Relações Trabalhistas] se comprometa com a reestruturação da nossa carreira e que atenda outros assuntos da pauta, como a questão de orçamentos e concursos”, disse Érica. O ato deve ocorrer até o fim da manhã, mas a paralisação continuará durante todo o dia. Como movimento, algumas pesquisas realizadas pelo órgão serão prejudicadas, uma delas, a base operacional para o senso agropecuário para o ano de 2017. “[O IBGE] é um órgão extremamente importante, é responsável por uma série de pesquisas e estão sucateando o IBGE. Nossa manifestação é por conta disso, para ver se nós resgatamos a credibilidade do IBGE”, disse uma técnica administrativa aposentada, que participou do ato em apoio aos manifestantes. Ela não quis ser identificada. O ato em frente à sede do Instituto reuniu cerca de 20 manifestantes, todos aposentados ou efetivos. Terceirizados e parte de efetivos estão trabalhando normalmente.
De acordo com Fernando Lima, supervisor de base territorial do IBGE-AM, parte dos servidores aderiram à paralisação. “Hoje é o dia da negociação com o Ministério do Planejamento e com o Sindicato Nacional. Por conta dessa negociação, todos os estados brasileiros resolveram fazer uma paralisação tentando sensibilizar o governo a atender as nossas reivindicações”, disse.
Em nota, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que, por meio de sua Secretaria de Relações de Trabalho (SRT/MP), está negociando com todo o conjunto dos servidores públicos federais. Segundo o Ministério, a proposta mais recente do governo foi apresentada na segunda-feira da semana passada, 20, em reunião com os sindicalistas no Fórum Nacional. Na ocasião foi reafirmado o índice de 21,3% em quatro anos, proposto o reajuste de três benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-creche e plano de saúde suplementar), e a possibilidade de nova negociação em 2017.
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