Servidores da Ufam deflagram greve por tempo indeterminado

A greve foi aprovada em assembleia geral ocorrida em 21 de maio
A greve foi aprovada em assembleia geral ocorrida em 21 de maio
A greve foi aprovada em assembleia geral ocorrida em 21 de maio

Os técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) aprovaram, por unanimidade, a proposta de deflagração de greve por tempo indeterminado e em caráter de esvaziamento (ausência dos postos de trabalho). Apenas os serviços considerados essenciais serão mantidos. A primeira ação vai acontecer na manhã desta sexta-feira (29), quando a categoria realiza um ato público, em conjunto com a ADUA (Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas), no Bosque da Resistência, entrada do Campus Universitário da UFAM, que faz parte do calendário de lutas proposto pela Fasubra (Dia Nacional de Paralisação), e a próxima assembleia de greve esta marcada para a manha da quarta-feira (03) de junho.

Por quebra de essencialidade entende-se o que possa causar prejuízo à vida humana e ao patrimônio público. A decisão foi tomada em assembleia geral da categoria realizada nesta quinta-feira (28), no hall do ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras), no Campus Universitário da UFAM.

O indicativo de greve já havia sido aprovado na assembleia realizada em 16 de abril e referendado na de 21 de maio.  A proposta faz parte do calendário de lutas definido pela Plenária Nacional da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), realizada nos dias 7 e 8 de março e ratificada no 22º Confasubra. O indicativo, após aprovação nos Estados, voltou a ser defendido e aprovado terminantemente na Plenária Nacional da Fasubra, realizada no último final de semana (23 e 34).

A coordenadora geral do Sintesam, Crizolda Araújo, voltou a destacar a presença maciça dos trabalhadores na assembleia, que registrou um numero expressivo de servidores, mais de 500. A coordenadora também informou que o movimento foi notificado, dentro de prazo legal, a Reitoria da UFAM, por meio de ofício, no dia 21.

A reunião teve a presença do presidente da ADUA, professor José Alcimar de Oliveira, que defendeu a decisão da categoria e afirmou que “somente quem não quer a paralisação são os que não entenderam que a UFAM já está praticamente parada por falta de estrutura de trabalho, decorrente dos cortes que o Governo Federal realizou no orçamento das universidades públicas (R$ 9 bilhões)”.

Na assembleia também foram aprovados dois atos de repúdio e solidariedade. O primeiro foi à direção da ADUA, que decidiu suspender a última assembleia da categoria, realizada no dia 26, em decorrência de tentativa por um grupo, de professores e estudantes, que tentaram tumultuar a reunião alegando que o resultado das assembleias realizadas pelos professores dos campus nos municípios, onde funcionam unidades da UFAM (Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parintins), que decidiram pela greve, não deveria ter o mesmo valor e peso dos votos dos professores de Manaus. Diante desta tentativa de ação antidemocrática a direção da ADUA decidiu suspender a assembleia.

A segunda moção foi em repúdio aos atos de vandalismo (destruição) de materiais de divulgação do Sintesam nas dependências do Campus (cartazes, faixas e outros).

De acordo com a coordenação do Sintesam, o motivo para nova paralisação seria o descumprimento de pontos do acordo firmado com o Governo Federal que pôs fim a greve de 2012. Um dos pontos seria aprimoramento de carreira através de reuniões do grupo de trabalho da Fasubra junto ao governo federal.

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