Amazonas -Com o objetivo de desenvolver a pecuária de búfalos no Amazonas e promover o melhoramento genético do rebanho, a Secretaria de Estado da Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Embrapa Amazônia Oriental, do Pará, iniciaram parceria para que o Amazonas faça parte do Programa de Melhoramento Genético em Bubalinos (Promebul), da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB).
De acordo com dados da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), o Estado é o segundo maior produtor de búfalos da Região Norte, com 90.480 cabeças e quase 1.000 produtores.
Integração
O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior, destacou a importância da integração de todos para desenvolvimento da bubalinocultura, que hoje gera emprego e renda para 800 famílias no Amazonas.
“Vamos retomar um caminho de crescimento para esta cultura. Hoje é possível criar búfalos em confinamento e trabalhar a genética, aumentando a qualidade e a produtividade por animal,” afirmou Petrucio.
Promebul
O programa é desenvolvido nacionalmente pela ACBC, e na região norte é coordenado pelo pesquisador Ribamar Marques, da Embrapa Amazônia Oriental, no Pará, que fez uma parceria com a Ufam, por meio do professor Fábio Jacob, enviando 20 búfalos geneticamente melhorados para o Amazonas.
Durante a reunião, o professor se emocionou ao falar do projeto, cujas tratativas iniciaram em 2017, mas só neste ano que os animais chegaram e o programa começa a se desenvolver, especialmente com a integração de todas as instituições envolvidas com a cadeia da bubalinocultura no Estado.
O professor Jacob explicou que vieram 20 animais no total, destes, 18 vacas búfalas e 2 búfalos, das raças Mediterrâneo (italiana) e Murra (indiana). “O Estado já foi o terceiro rebanho do País e hoje é o sexto. Mas acredito que com esse programa de melhoramento genético, o choque sanguíneo vai possibilitar incremento para todo rebanho estadual”, afirmou ele.
A reunião marcou o primeiro “Dia no Campo” da Sepror, ocasião em que o secretário e todo o staff do Sistema vai a campo, visitar propriedades e verificar a realidade do setor primário, uma vez por semana.
Vacinação assistida
Aproveitando o “Dia no Campo”, foi intensificada a campanha “Amazonas sem Febre Aftosa”, coordenada pela Adaf. O diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, e uma equipe de médicos veterinários da Unidade Manaus, vacinaram os 20 búfalos que fazem parte do Promebul.
“Vacinamos búfalos de excelente qualidade genética, que vão contribuir muito para o melhoramento genético do rebanho e, dessa forma, garantimos a sanidade dos animais. Com isso, queremos ainda chamar a atenção dos produtores rurais para que possam fazer a vacinação em todas as propriedades do Estado”, comentou o diretor-presidente da Adaf.
Búfalos
Para esta etapa da campanha, a estimativa da Agência é de imunizar 89.200 búfalos. A campanha iniciou no dia 15 de março e segue até o dia 30 deste mês. Bovinos e bubalinos de 41 municípios da calha do rio Amazonas devem ser vacinados. O produtor rural que vacinou o gado deverá notificar a Adaf até o dia 15 de maio.
O Amazonas possui 15.543 propriedades cadastradas, incluindo o rebanho bovino e bubalino. Somente de bubalinos são 673 propriedades rurais, e 727 possuem criação mista (bovinos e bubalinos), de acordo com a Adaf.
Participaram da reunião o secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior; o secretário adjunto de Política Agrícola, Pecuária e Florestal (Seapaf/Sepror), Airton Schneider; o diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Alexandre Araújo; o superintendente federal de Agricultura, Guilherme Pessoa; o chefe de gabinete da Reitoria da Ufam, Almir Liberato; o coordenador da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/Ufam), Marco Antônio Mendonça; o pesquisador da Embrapa, Rogério Perim; a diretora da Fazenda Experimental da Ufam, Albejamere Castro. Além deles, estiveram no encontro o representante da Federação da Agricultura e Pecuária (Faea), Juan Mario Daza, o produtor Rodrigo Baraúna e técnicos do Sistema Sepror.
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