Manaus – As ações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) em 2013, foram encerradas na manhã desta terça-feira, 29, com a apresentação dos resultados e a abertura das atividades do ano de 2014. O evento foi realizado no auditório Nina Lins, na sede da Universidade Nilton Lins, zona Centro-Sul.
Em Manaus, o PNAIC é desenvolvido pela Semed em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Ministério da Educação (MEC) e tem a finalidade de assegurar que todas as crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade. Para isso, uma metodologia específica de ensino é aplicada no 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.
Segundo a Coordenadora do Pnaic na Semed, Maysa Amorim, em 2013, ano de início das ações do pacto, aproximadamente 50 mil alunos de 318 escolas municipais tiveram o aprendizado em Língua Portuguesa aprimorado. Ela conta que em 2014, o Pnaic vai focar no ensino da matemática.
“Os nossos professores alfabetizadores receberam formações de profissionais da Ufam e aprenderam a como trabalhar de maneira mais eficaz o ensino da alfabetização com os alunos. Os relatos são bem animadores. Alguns dizem que mudaram completamente suas práticas de ensino, deixando o tradicionalismo de lado e atraindo o interesse do aluno para o conteúdo. O material didático é todo confeccionado pelo MEC e encaminhado para as escolas. Dessa forma, fica mais fácil alcançar a meta do Pnaic que é garantir que todos os alunos até oito anos saibam ler e escrever”, explicou Maysa Amorim.
A subsecretária de Gestão Educacional da Semed, Ana Falcão, analisa que o pacto, além de garantir a aprendizagem dos alunos, é também uma ferramenta para qualificar a prática de ensino do professor em sala de aula.
“Como nos anos iniciais os professores trabalham todas as disciplinas, não há uma especialização e muitos têm limitação ao ensinar matemática e também língua portuguesa. Então o Pnaic traz essa formação mais especifica para os nossos professores. Como consequência, eles vão estar mais aptos a trabalhar esses conteúdos, melhorarando o aprendizado dos nossos alunos que é o que queremos”, observou.
Experiências
A professora Josinete Vasconcelos trabalhou na alfabetização de 30 alunos na Escola Municipal Nazira Chamma Daou, Educandos, zona Sul. Ela é formada em pedagogia e conta que, após a formação com os instrutores da Ufam, aprendeu de maneira mais eficaz a ensinar língua portuguesa.
“A formação facilita porque nós trocamos experiências, e eles (formadores) nos ensinam novas propostas pedagógicas, trabalhando com jogos, fazendo com que a criança se sinta acolhida mesmo ainda não estando lendo. O Pnaic me acrescentou muito como profissional. Eu cresci bastante. Hoje consigo desenvolver um trabalho melhor com meus alunos”, afirmou. Fabiane Ferreira, professora do 1º ano do Ensino Fundamental da Escola Olga Benário, trabalhou as ferramentas do Pnaic com os seus 30 alunos e o resultado foi bastante significativo.
“Eu trabalhei com novas ferramentas e conseguimos, no primeiro ano, alfabetizar mais da metade da sala. Foi um aprimoramento do ensino, com novas ferramentas e recursos pedagógicos que o pacto nos ofereceu” explicou.
Texto: Thiago Botelho – Foto: Lton Santos
