Segurança: Força Nacional permanecerá em Manaus até junho de 2018

Efetivo está na capital desde janeiro quando um massacre deixou mais de 60 presidiários mortos.

Manaus, AM – Homens da Força Nacional de Segurança devem permanecer em Manaus até junho de 2018, informou o Governo do Amazonas, na tarde desta quarta-feira (6). O efetivo está na capital desde janeiro deste ano quando um massacre deixou mais de 60 presidiários mortos.

A rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que durou 17 horas, resultou no maior massacre do sistema prisional do Amazonas. Além disso, foram registradas oito mortes em outras duas unidades e um total de 225 fugas.

A prorrogação da permanência do efetivo da Força Nacional em Manaus foi tratada nesta quarta-feira (6) durante reunião em Brasília. Estiveram no encontro o secretário de Estado de Administração Penitenciária, coronel da Polícia Militar, Cleitman Coelho com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e com o almirante da Força Nacional de Segurança Pública, Alexandre Mota, segundo o Governo do Estado.

Os policiais da Força Nacional estavam previstos para continuar com a segurança e apoio no ramal que dá acesso as unidades prisionais do localizadas no quilômetro 8 da rodovia BR-174 (Manaus – Boa Vista) até dezembro deste ano.

Para o secretário da Seap, Cleitman Coelho, a medida adotada pelo Governo Federal em janeiro para reforçar a segurança no Sistema Penitenciário do Brasil, vem contribuindo para o controle e ordem das unidades prisionais.

“A barreira montada na entrada do ramal é controlada diariamente, permitindo o acesso apenas de pessoas autorizadas, como funcionários do sistema, familiares nos dias em que são permitidas as entregas de materiais e visitas, e também fiscalizando a entrada e saída dos detentos do regime semiaberto que possuem a licença de sair durante o dia para exercer as atividades trabalhistas”, explicou o secretário por meio da assessoria.

Massacre

O motim no Compaj começou na tarde de 1º de janeiro. De acordo com SSP-AM, os corpos de seis pessoas foram jogados para fora do presídio, sem as cabeças.

Ao menos 12 agentes carcerários foram mantidos reféns. Outros funcionários que estavam na unidade prisional conseguiram escapar. Presos também foram feitos reféns, mas o número não pôde ser confirmado.

O motim durou mais de 17 horas e, após negociações, os presos libertaram reféns e entregaram as armas por volta das 8h40 (Horário de Manaus) do dia seguinte ao início do massacre, dia 2 de janeiro. Ao todo, 17 armas foram apreendidas.

No dia seguinte, quatro presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na Zona Leste de Manaus, foram mortos dentro do presídio.

No dia 8 do mesmo mês, uma nova rebelião deixou quatro mortos na Raimundo Vidal Pessoa, localizada no Centro da cidade. O local estava desativado por recomendação do Conselho Nacional de Justiça, e foi reaberto para a acomodação de presos ameaçados de morte no Compaj.

Após o fim da rebelião, o então secretário Sérgio Fontes, durante coletiva de imprensa, classificou a rebelião como “o maior massacre do sistema prisional do Amazonas”.

Com a carcerária no estado, a Força Nacional foi acionada e continua na barreira de acesso ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim, onde a maioria dos detentos foram assassinados.

Amazonianarede_JAM

 

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