Segundo turno: Uma eleição diferente

07-10osmyOsny Araújo*

Os resultados do primeiro turno das eleições gerais no Brasil, realizado no último dia 5, mostram algumas alterações do eleitorado de pesquisas, que não conseguiram retratar na sua maioria, a verdadeira intenção de voto do eleitor brasileiro, considerando que as pesquisas são um incentivador ao voto do eleitor, especialmente dos indecisos.

No Amazonas, por exemplo, onde vários institutos apontavam a eleição do Eduardo Braga no primeiro turno, não vingou e disputa foi pau a pau, com Melo comandando por bons momentos a votação,  perdendo não final por 0,7%.

Tanto a nível nacional como estadual, entendo que o segundo turno será muito mais disputado. No Amazonas, os dois candidatos devem correr atrás dos votos dos eleitores de Marcelo Ramos (PSB) e no âmbito nacional a agonia de Dilma (PT) e Aécio (PSDB) é conquistar o apoio de Marina Silva, (PSB), que poderá transferir votos significativos, o que certamente representará a vitória de um ou de outro candidato.

As eleições mostram também, que houve uma grande mudança no Senado e  na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. No congresso, por exemplo, o PT perdeu um bom espaço e isso é reflexo da insatisfação do povo.

Outra coisa que deve ser revista e já no Brasil é a reforma política, um sonho que não se realiza por culpa dos próprios políticos. Agora, com alguns partidos chegando ao Congresso Nacional, a governabilidade vai ficar ainda mais difícil. O eleito terá que negociar muito para que possa ter condições de governar o país e aí entra a moeda de troca do toma lá, da cá, para que as propostas e projetos do Governo possam se aprovadas no Congresso Nacional. Isso, como diria Boris Casói, “é uma vergonha” e precisa mudar.

O fato é que a campanha estadual e nacional para o segundo turno já começou e não tenho dúvida de que será uma eleição bem diferente da primeira, por várias razões. Primeiro, porque serão apenas dois candidatos debatendo e mostrando ideias e em segundo lugar pelo tempo de propaganda no rádio e na TV, que será dividido em partes iguais, o que não ocorria no primeiro turno e nos debates haverá mais tempo para propostas e detalhamentos.

Nunca é tarde para lembrar que está será a primeira vez na história que o Amazonas vai para uma eleição de governador em segundo turno. Isso é sinal de que as cosias estão mudando e os candidatos deverão ficar atentos para essa mudança e por isso, deverão também mudar os seus comportamentos e tratar o eleitor com mais seriedade e maior respeito, deixando de lado falácias, promessas utópicas e mirabolantes e mostrar coisas que possam apenas criar sonhos e ilusões. A prorrogação desse jogo político já começou e que vençam os melhores.

*Osny Araújo é jornalista e analista político.

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