Seduc vai reaplicar provas do concurso de professor devido a falha humana

Seduc vai reaplicar provas do concurso de professor devido a falha humana

Os Candidatos fizeram denúncia após faltar provas em escola. Secretaria diz que houve erro no manuseio de malotes.

Amazomas –  provas para o cargo específico de professor de ensino regular – ciclo, 20 horas – em Manaus, aplicadas na tarde deste domingo (8), vão ser reaplicadas. A medida da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM) foi anunciada após candidatos denunciarem irregularidades e a Polícia Civil afirmar que vai investigar o caso.

A decisão ocorreu após o Instituto Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego (Instituto Acesso), contratado pela Seduc para realizar o certame, constatar uma falha humana no manuseio de um dos malotes distribuídos em uma sala, entre as 7 mil utilizadas no estado, no Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa, para o referido cargo.

A Seduc informou que o secretário de Educação, professor Lourenço Braga, decidiu pela anulação das provas para esse cargo no intuito de manter a lisura e transparência do concurso público.

A decisão, segundo a Seduc, não atinge os demais cargos do concurso. “Nesta oportunidade, a Seduc lamenta os transtornos e efeitos decorrentes da referida falha, reiterando o compromisso com a ampla transparência e lisura do concurso público”, diz trecho de nota enviada à imprensa.

Denúncia

Candidatos reclamaram de problemas durante a realização das provas do concurso neste domingo (8). Um deles relatou  que as provas chegaram com 30 minutos de atraso e que não havia salas disponíveis.

Além disso, há informações de que provas de São Gabriel da Cachoeira foram enviadas para a capital. Ao menos 20 pessoas registraram boletim de ocorrência denunciando problemas no exame.

Segundo relatos dos candidatos, ao chegarem na escola informada no cartão de confirmação, receberam a notícia de que não tinha salas disponíveis para a realização da prova.

“Quando nós chegamos na escola, a gente já se deparou sem local para fazer a prova, não tinha sala nenhuma disponível. Faltavam três salas para a realização das provas, que eram as salas 9, 10 e 11. Nós tivemos que ficar aguardando na área de refeitório da escola enquanto os outros candidatos se dirigiam para as suas salas e ficamos nessa incerteza. Quando deu 7h45 conseguiram uma sala e já pediram para aguardar porque as provas ainda estariam chegando, porque não tinha malote de prova com o nosso nome, iam enviar uma prova extra para a gente”, afirmou a candidata Susy Martins.

Candidatos reclamam

Candidatos que participaram do concurso da Seduc neste domigo (8) afirmam que o processo deve ser investigado, como forma de manter a ética após os problemas relatados por alguns dos participantes.

Luzenir Gomes, de 34 anos, fez a prova no Centro Educacional de Tempo Integral (CETI) Elisa Bessa Freire, na Zona Leste da capital, para o cargo de professor. Ele afirma que as denúncias precisam ser investigadas, mas que o processo não deveria ser interrompido.

“Isso pode prejudicar algumas pessoas que já se prepararam, como eu. Mas se precisar refazer a prova, por mim tudo bem. Tem que ser investigado, mas para parar o processo de vez, acho que não chega nesse ponto”, disse.

Mayara Nascimento, de 22 anos, concorre a uma vaga de fonoaudióloga. Ela realizou a prova na Escola Estadual Professor José Bernardino Lindoso e diz que não soube dos problemas relatados por alguns candidatos, mas concorda com a realização da denúncia.

“Os candidatos que se sentiram prejudicados têm o seu direito. Tem direito de refazer a prova, ou mesmo de realizar a prova, no caso de quem sentiu que teve seus direitos violados. Todos os fatores devem ser avalidos”, comentou.

Greicy Kelly Guimarães, de 23 anos, fez a prova no mesmo local de outras três amigas. Ela diz que se preparou para a prova desde janeiro e que o investimento corre um risco.

“Para a nossa preparação é um risco essas denúncias, pois se tivermos de refazer a prova vai ser um investimento jogado fora. Os cursinhos são caros e se o concurso for cancelado isso vai prejudicar a gente”, finalizou.

Amazoninarede-G1

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