Porto Velho – Com a proposta de conhecer a estrutura da Cooperativa Verde de Manicoré (Covema), no Amazonas, o coordenador de Agroindústria da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), Antônio Henrique Fernandes, visitou recentemente a entidade responsável pelo beneficiamento da Castanha-do-Brasil. Segundo ele, a intenção é implantar cinco agroindústrias para beneficiamento desse tipo de castanha em Rondônia.
O valor do quilo da Castanha-do-Brasil gira em torno de R$ 3. Depois do beneficiamento, o quilo do produto passa a valer R$ 20, aproximadamente. “A agroindústria é importante porque agrega valor à produção de matéria-prima e dá qualidade de vida ao produtor”, explicou o coordenador.
Atualmente, a cooperativa tem capacidade de beneficiar 300 toneladas de castanha por ano, atendendo ao mercado nacional (São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus) e internacional.
A produção da Covema gera 49 empregos diretos e 360 indiretos, além da renda aos cooperados, sendo que toda a castanha beneficiada pela cooperativa é extraída da floresta amazônica, na região de Manicoré e Novo Aripuanã, municípios do Amazonas.
A Covema tem parceria com o governo Federal, com a prefeitura de Manicoré e com o Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idam), que presta assistência técnica aos cooperados.
Na oportunidade, o coordenador da Seagri também realizou uma reunião com os produtores locais e palestrou sobre agroindústria. Ele explicou que as agroindústrias rondonienses serão implantadas numa parceria do governo Federal, Seagri, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e do Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária do Estado de Rondônia (Prove).
“Uma agroindústria para beneficiamento de Castanha-do-Brasil é boa para os produtores e para o meio ambiente. Gera renda para as comunidades extrativistas e não derruba as castanheiras”, contou o secretário da Seagri, Anselmo de Jesus de Abreu. (AI)