Rio Branco está em posição confortável e privilegiada com relação aos resíduos sólidos, que é tema das Conferências Municipal, Estadual e Nacional de Meio Ambiente, que serão realizadas até outubro desse ano. Na Capital, 210 toneladas de lixo são recolhidas diariamente pela SEMSUR e tratadas na UTRE, inaugurada em maio de 2009 na administração do ex-prefeito Raimundo Angelim.
Esse foi um dos avanços citados durante a abertura da Quarta Conferência Municipal de Meio Ambiente, iniciada nesta quarta-feira no Horto Florestal pelo prefeito Marcus Alexandre e secretária Municipal de Meio Ambiente, Silvia Brilhante. “Enquanto em outras cidades, os problemas são os lixões, aqui nós já passamos dessa fase e agora vamos avançar para a ampliação da coleta seletiva”, explica o prefeito Marcus Alexandre.
O ex-prefeito Raimundo Angelim destacou que o prefeito Marcus Alexandre, seu sucessor, seguiu o trabalho na UTRE e avançou inclusive com compostagem, que é produzida no local. Este ano mais de 10,5 toneladas de composto orgânico foi entregue pelo prefeito a produtores rurais dos pólos agroflorestais e do Cinturão Verde de Rio Branco.
O composto atende a produção familiar hortifrutigranjeira e apresenta 90% de fertilidade. 60% do composto é resultado da maturação de restos de frutas, 30% é carbono (produzido por sementes e cascas) e 10% são insetos resultantes das capinas, especialmente aquelas realizadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR). “Cada tonelada de composto produzida são três toneladas de resíduos que deixam de ser aterrados nas células de decomposição da UTRE”, disse Marcus Alexandre.
Além disso, o antigo lixão que depois passou a ser aterro sanitário de Rio Branco, e que funcionou por quarenta anos, e o aterro de inertes, ambos na Estrada Transacreana estão sendo recuperados pela EMURB, seguindo todas as orientações da legislação ambiental. Os dois serão totalmente desativados depois da recuperação.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Gabriel Forneck, lembrou que o cuidado com o meio ambiente é tão fomentado na atual administração que até a população da zona rural busca soluções para a destinação correta dos resíduos sólidos e conclamou as instituições a desenvolver ações na área ambiental. “Os agricultores do quilômetro 78 da Transacreana querem reunião conosco para tratar do tema dos resíduos sólidos. Não querem mais queimar ou enterrar seu lixo e isso é um grande avanço. E nós da câmara abolimos os copos descartáveis e estamos economizando ao máximo a utilização do papel. Então cada um, na cidade ou no campo, tem que fazer sua parte”. A promotora de Meio Ambiente, Meri Cristina, ressaltou que para o Ministério Público, é uma “tranquilidade ter uma capital onde existe uma UTRE mesmo antes do prazo determinado para que todas as cidades deixem de ter lixões, que é 2014”.
Além dela, a promotora Rita de Cássia e o procurador Cosmo Lima também representaram o Ministério Público na abertura da Quarta Conferência Municipal De Meio Ambiente.
Para a secretária Municipal de Meio Ambiente, Silvia Brilhante, as ações que garantem a sustentabilidade da cidade, também resultam em melhorias para a saúde pública e lembrou que a sociedade tem que se preocupar com sua produção de lixo.
Avançar na Coleta Seletiva
Com o problema da destinação dos resíduos sólidos resolvido, segundo o prefeito Marcus Alexandre, é preciso seguir avançando com a ampliação da coleta seletiva, que já é feita em dez pontos de Rio Branco. Segundo ele, a coleta seletiva tem que ser garantida até 2014 em todos os centros comerciais, como os dos bairros Estação Experimental, Bosque, Calafate, Sobral e Segundo Distrito. “Vamos começar pelos centros comerciais até chegar aos bairros, que é nosso grande desafio. Precisamos também trabalhar na conscientização das pessoas com relação à diminuição da produção do lixo e de uma pré-seleção desse lixo produzido. E esse lixo também deve gerar renda para cooperativas, como a CATAR que já existe”.
(Fonte: A Tribuna)
