Rio Branco, AC – A abertura da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF), que é uma colaboração subnacional entre 22 Estados e Províncias do Brasil, Indonésia, México, Nigéria, Peru, Espanha e Estados Unidos, foi realizada nesta segunda-feira, 11, com a presença de autoridades nacionais e internacionais.
O encontro visa avançar na construção de programas jurisdicionais de desenvolvimento com baixas emissões de carbono e de redução das emissões por desmatamento e uso da terra (REDD+). Todas as iniciativas são voltadas para formular soluções para proteger o meio ambiente com sustentabilidade, inclusive econômica. Mais de 20% das florestas tropicais do planeta estão no território dos membros participantes do grupo.
Segundo a diretora do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Magaly Medeiros com base em dados, o Acre conseguiu, em dois anos, reduzir os desmatamentos em 63%. Um índice muito menor que a meta do governo federal que era chagar a 80%. A redução do desmatamento credenciou o Acre a organizar a reunião.
O Estado do Acre tem uma história longa de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável com ética socioambiental, se antecipando nas iniciativas nacionais, que começaram no Brasil com a Rio 92.
Em 2010, a Assembleia Legislativa aprovou e sancionou a Lei do Sistema de Incentivos por Serviços Ambientais do Acre (SISA). Assim foi estabelecido um sistema de incentivos para uma gama de serviços ambientais, incluindo carbono florestal, recursos hídricos, beleza cênica, regulação do clima, conservação da biodiversidade, entre outros. Sua primeira prioridade são os Incentivos por Serviços Ambientais – Carbono (ISA – Carbono).
“Com a redução, o Acre conseguiu chamar a atenção de organismos internacionais e recebeu de um banco alemão, entre 2013 e início desse ano, aproximadamente R$ 40 milhões. Durante o encontro, os países vão mostrar, através de painéis, as experiências para evitar os desmatamentos e outros crimes ambientais que estão ajudando a modificar o clima da terra”, explicou.
O recurso oriundo dos famosos créditos de carbono. Dinheiro que, segundo a diretora do IMC, foram aplicados em diversos setores do Estado. Magaly afirma que o importante é mostrar que cuidar do meio ambiente pode gerar renda para os Estados.
Por: Bruna Lopes – A Gazeta do Acre