Redes apostam em hospedagens longas

Com alta ocupação e tarifas na hotelaria tradicional, residencial com serviços atrai clientes corporativos nas capitais ao oferecer descontos para estadias maiores.

A hotelaria tradicional nas grandes capitais vêm registrando alta ocupação e, como consequência, tarifas maiores. Como opção, multinacionais e empresas de grande porte têm optado por unidades residenciais, que oferecem serviços de hotelaria e cujas tarifas chegam a ser de 10% a 20% mais baixas em períodos mais longos de hospedagem, a partir de uma semana ou 30 dias.

Os residenciais com serviços são os antigos flats. Isso porque houve uma mudança na legislação em São Paulo, que não permite o uso misto. “Os hotéis podem oferecer estadias mais longas, mas os residenciais não podem oferecer diárias de hotéis”, define José Ernesto Marino, consultor da BSH International.

Segundo Marino, os hotéis, que estão com alta ocupação em cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, não têm conseguido atender a demanda por estadias longas. Quem ganha com isso são os residenciais.

Diante deste cenário, há quem invista no conceito. É o caso do grupo familiar Concivil-Estanplaza, que, no final do ano, terá mais unidades residenciais com serviços, pertencentes à sua bandeira Estanconfor, do que hotéis. O Grupo Accor optou por trazer uma nova bandeira com o conceito para o País, a Adagio; enquanto o IHG vem recebendo oferta de investidores para levar sua bandeira de longa permanência, a Staybridge, para outros Estados.

Hoje, a Staybridge tem uma única unidade no bairro Itaim, em São Paulo. Isso porque o conceito é mais difícil de ser replicado, pois já inclui uma torre comercial, bem como estrutura para eventos e restaurantes. “A ocupação é crescente, e nossa receita aumenta entre 7% a 10% ao ano”, diz Anna Claudia Fernandes, gerente de vendas e marketing do Staybridge,.

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O Concivil-Estanplaza tem cinco unidades com o conceito em São Paulo e irá lançar mais quatro este ano com apartamentos de 38 a 320 metros quadrados que têm “cara de casa”. A primeira, localizada no bairro Vila Olímpia, foi inaugurada na semana passada. Todas serão localizadas em regiões corporativas da cidade.

O grupo verificou a necessidade de escoar uma demanda adicional que vinha recebendo, principalmente de empresas. Grandes bancos, por exemplo, chegam a alugar dez apartamentos para hospedar sua gerência durante três meses de treinamento.

Além disso, 10% das reservas das unidades, cuja ocupação é de 85%, são realizadas por empresas que preferem alugar um quarto durante um mês e hospedar diversos executivos no período, deixando o apartamento ocioso em alguns momentos. É uma alternativa ao risco de não ter onde alocar os funcionários, principalmente no caso de viagens de última hora.

(Agência Brasil) 

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