Manaus – Secretaria de Estado de Mineração, Geodiversidade e Recursos Hídricos (SEMGRH), programou para sábado a partir das 8h às 18h, o Seminário de Instalação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Puraquequara (CBHP), na escola estadual Irmã Gabriele Cogeles (rua Barroso, s/nº, Puraquequara, na zona Leste).
Durante o seminário, será realizada a eleição para a escolha da primeira diretoria do comitê.
De acordo com a secretária executiva da SEMGRH, Jane Crespo, o comitê é um colegiado, de caráter deliberativo e consultivo, que vai integrar as ações do governo do Estado, do município, da União e sociedade civil, voltadas para os recursos hídricos, com objetivo de promover a conservação e recuperação deles, bem como garantir seu uso racional e sustentável, por meio da gestão compartilhada.
Jane Crespo explica que, por meio do Comitê da Bacia do Puraquequara, os usuários da água da bacia hidrográfica, representados por meio dos diversos segmentos, como moradores, poder público, sociedade civil, entidades de classe, instituições de ensino e pesquisa e iniciativa privada, poderão promover debates sobre questões de interesse coletivo relacionadas ao uso, consumo, proteção e preservação desse recurso, fortalecendo a política estadual de recursos hídricos e o sistema nacional de gestão de águas.
Participarão do Seminário de instalação do CBHP, representantes do Ministério do Meio Ambiente, da Agência Nacional de Águas (ANA), do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas, integrantes do Conselheiro Estadual de Recursos Hídricos (CERH), além de representantes dos usuários e sociedade civil.
O CBHP é o segundo que será instalado no Estado do Amazonas. O primeiro foi o Comitê da Bacia Hidrográfica do Tarumã-Açu, instituído em 19 de outubro de 2019, pelo decreto estadual nº 29.249, sendo o primeiro oficialmente instalado na Região Norte do país.
Preservação
Para o presidente da Associação de moradores do Puraquequara, Elton de Jesus, o CBHP será de grande importância para preservação na bacia, que, nos últimos anos, vem sendo degradada e devastada, principalmente na margem esquerda, como acontece nas comunidades Santa Luzia e Brasileirinho, que estão sendo invadidas por empresas que não têm compromisso com a sustentabilidade. “Se nós não preservarmos agora, as futuras gerações não vão poder contemplar essa beleza que nós temos hoje”, alerta o líder comunitário.
De acordo com Elton de Jesus, a bacia hidrográfica do Puraquequara abriga atualmente cerca de oito mil pessoas, na vila e demais comunidades. Segundo ele, a maioria dos moradores desenvolvem atividades econômicas sazonais, como a pesca artesanal, agricultura e turismo. Também há indústrias instaladas que recebem incentivos do modelo Zona Franca de Manaus.
Amazonianarede – SEMGRH