Protestos chegam ao interior de Roraima

Após intensas manifestações realizadas nas últimas semanas na Capital, seguindo uma movimentação nacional, moradores do interior do Estado também resolveram se manifestar por melhorias que passam por diversas questões sociais.

Em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, a reunião de pelo menos dez representantes de classes gerou um protesto que levou pelo menos 500 moradores às ruas.

A concentração começou na rodoviária e culminou com protesto em frente à Prefeitura. O movimento reuniu sindicatos e associações de profissionais de Saúde e Educação, estudantes, taxistas, comerciários, dentre outros manifestantes que cobraram uma pauta repleta de solicitações de melhorias para o município.

As reivindicações passaram desde questões trabalhistas de funcionários municipais, solicitação de água encanada e rede de energia elétrica em bairros desabastecidos, melhorias na estrutura de escolas e solicitação de articulação para que um campus da Universidade Estadual de Roraima seja implantado no município. Eles também cobraram urgência na implantação de um aterro sanitário no município (leia mais na página 08A).

Segundo o professor Luiz Alvino de Sousa Neto, membro do Sindicato dos Professores e Trabalhadores em Educação de Pacaraima, cada grupo tem suas próprias reivindicações e a ideia era levar estas pautas ao prefeito. Ele explicou que o prefeito Altemir Campos se dispôs a atender no máximo quatro representantes, condição que não foi aceita pelos manifestantes. “Se não era para receber todo mundo, melhor não receber ninguém”, explicou.

Já que não conseguiram entregar suas pautas de reivindicação, os manifestantes pediram que o prefeito convoque uma audiência publica para ouvir o que a população tem a dizer.

A Prefeitura de Pacaraima informou que, a todo o momento, o prefeito esteve sensível à manifestação e se dispôs a atender aos manifestantes, ao esclarecer que a restrição quando ao número de pessoas foi para evitar tumulto.

AMAJARI – Ainda no norte do Estado, os servidores municipais do Amajari se reuniram na tarde de ontem, na frente da Prefeitura, para cobrar do Executivo o pagamento atrasado de salários, realização de concurso público e cumprimento da lei sobre o piso salarial para os professores.

Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Amajari (Sitrama), Laurenir Galvão, após protestos, um mês de salário atrasado foi pago pela Prefeitura, mas o atraso seria de dois meses. Além disso, os servidores da Saúde lotados nos Postos de Saúde da Família (PSF) continuam com pagamentos irregulares. “Também cobramos o cumprimento da lei federal que estabeleceu o piso salarial dos professores”, revelaram.

A Folha entrou em contato com o prefeito do município, Moacir Mota, e com sua assessoria de comunicação, mas não obteve êxito.

ALTO ALEGRE – Na vila São Silvestre, a 60 quilômetros do Município de Alto Alegre, a Leste do Estado, a reivindicação foi um pouco diferente. Um grupo de 25 pescadores cobrou o conserto de uma máquina de fazer gelo que queimou há um ano. Além dos servidores da sede do município, alguns funcionários de colônias e de áreas indígenas também participaram do protesto.

(Folha BV) 

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