Proposta para regulamentar produção orgânica no Amazonas foi aprovada

Produção organiza, terá mais espaço no Amazonas

 

Produção organiza, terá mais espaço  no Amazonas
Produção organiza, terá mais espaço no Amazonas

Amazonas –  A minuta do Projeto de Lei que vai instituir a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica do Amazonas (Peapo) foi aprovada por pesquisadores, técnicos ambientais e produtores rurais em Audiência Pública. A medida visa garantir a segurança alimentar e a valorização dos produtores.

O documento será protocolado como Projeto de Lei pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPPADR) da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Dermilson Chagas (PEN).

O Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (Pleabo) contém conceitos, princípios, diretrizes e planos que vão regulamentar a produção de alimentos orgânicos, livres de produtos químicos como agrotóxicos, inseticidas e fungicidas no estado.

Segundo o autor da audiência pública, Dermilson Chagas, o texto pretende “servir de alicerce” para os produtores orgânicos. Para a execução da minuta, foram ouvidos especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Estadual do Amazonas (UEA), a rede Maniva, além de produtores e os órgãos ligados à produção, como a Secretaria de Produção Rural (Sepror).

Após a aprovação das entidades, o texto seguirá para tramitação na Aleam, fica três dias na pauta

Impactos dos Agrotóxicos

O Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, coordenado pela Promotora de Justiça Aurely Pereira de Freitas, do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), participou das discussões para elaboração do documento. A Coordenadora do Fórum destaca os impactos positivos da lei no Amazonas.

“Será possível aumentar a oferta de produtos orgânicos e facilitar o escoamento da produção, assim como a formação de técnicos, entre outras ações. A população ganha em segurança alimentar, uma vez que são alimentos livres de qualquer contaminação por agrotóxicos, e as populações do campo, os produtores ganham na qualidade de vida e no fomento de suas atividades, lembrando que as ações dessa política são voltadas prioritariamente para os agricultores familiares, rurais, urbanos e aos povos e comunidades tradicionais”, destacou a promotora.

Valorização de produtos regionais

O PL dos orgânicos traz ainda avanços em relação à valorização de produtos da região como o Cará e a Pupunha. De acordo com o coordenador da CPOrg/AM, Eric Marotta Brosler, o texto procura atender a realidade do Amazonas e resgatar a produção dos frutos.

“Estamos criando uma regionalização da política de orgânicos para fortalecer esses agricultores, pensando na soberania alimentar e na qualidade de vida deles. Também queremos valorizar a pesca artesanal e biodiversidade local com mais produtos regionais nas feiras. A ideia é regatar, por exemplo, as culturas da pupunha e do cará”, contou por meio de assessoria.

O coordenador de Agroecologia da Sepror, Eduardo Rizzo, afirmou que o Amazonas possui potencial para ampliar a produção de orgânicos. “As populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas já possuem a produção orgânica. O que queremos é regulamentar essa atividade”, completou.

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