Professores e policiais militares se unem para protestar por melhorias salariais

O ato reuniu aproximadamente mil pessoas que seguiram em direção ao Palácio do Governo
O ato reuniu aproximadamente mil pessoas que seguiram em direção ao Palácio do Governo
O ato reuniu aproximadamente mil pessoas que seguiram em direção ao Palácio do Governo

Manaus – Um grupo de professores e policiais militares, se reúne na manhã de hoje em frente à Arena Amadeu Teixeira para fazer protestos por questões salariais, no caso dos profissionais da Educação, e pedindo cumprimento da lei que regulamenta as promoções profissionais, no caso específico dos policiais. Segundo os organizadores, cerca de mil pessoas participam do ato.

Os manifestantes devem sair, por volta das 10h, em uma carreata que deve passar pelas sedes da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado, onde deve ser o ponto final do protesto. O ato foi organizado depois de declarações do governador José Melo, na semana passada, afirmando que não daria reajuste a nenhuma categoria porque o Estado havia atingido seu limite de gastos com folha salarial.

A concentração maior é de policiais militares – até as 9h15, eram aproximadamente 800 pessoas. De acordo com Lairton Silva, diretor da Associação dos Praças do Estado Amazonas (APEAM), a principal reivindicação é o cumprimento da Lei de Carreiras 4044, aprovada no ano passado após uma greve dos policiais. “Não estamos aqui por reajuste salarial, queremos apenas o cumprimento da lei. Em 21 de abril estavam previstas 2284 promoções que não se concretizaram. Isso frustrou e desvalorizou os policiais e os familiares”, afirmou ele.

Também estão na pauta da manifestação dos policiais a substituição do regimento disciplinar pelo Código de Ética e a análise de Data-base da categoria. Os presentes à manifestação vestem camisas com os dizeres “Pelo Fim da Prisão Domiciliar. Código de Ética Já!”.

Lairton contestou a afirmação do governador sobre falta de de dinheiro para os reajustes e disse que houve falta de planejamento. “O governador justificou que não houve a promoção pois o Estado está “quebrado”, mas como faz um ano que foi instaurada a lei, deveria constar no Plano do Governo”, argumentou ele, ressaltando que apenas policiais em dia de folga estão no local para não prejudicar o atendimento à população.

Professores

Lambert Melo, da coordenação de comunicação da Associação Movimentos de Lutas dos Professores de Manaus (Asprom), afirmou que os professores estão na manifestação pedindo o cumprimento da data-base para os professores das redes municipal e estadual de ensino. “No caso da Seduc, a data-base estava marcada para março e já recemos dois salários sem o reajuste. O da Semed está marcado para o dia primeiro de maio e queremos que ela seja cumprida”, afirmou ele.

Assim como os policiais, Lambert também criticou o argumento do governador José Melo. “Não aceitamos a desculpa do governador, que afirma não ter dinheiro para o nosso reajuste, pois, a Educação tem uma verba federal específica que é a do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e que até agora não apareceu”.

Procurada pela reportagem ontem,  quando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Sinteam) afirmou que faria uma manifestação pedindo a retomada da negociação sobre o reajuste, a Secretaria Comunicação do Amazonas disse que o Sinteam foi convocado para a reunião na última sexta-feira (24) e não compareceu para o diálogo com o governador José Melo. De acordo com a Secom, durante o encontro foi informado que o Governo do Estado já ultrapassou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e está vivendo um período de crise, e que, por conta disso, não há condições de conceder os reajustes.

O órgão ainda informou também que já está sabendo da realização do ato na quinta-feira, porém, o Governo não está aberto a negociações e decisão será mantida mesmo em caso de greve. D24AM

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