Manaus – A cultura de citrus já é predominante em municípios amazonenses como Rio Preto da Eva, Manacapuru e Iranduba.
Para intensificar a atividade, a Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas) – em parceria com a Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ) e Sepror (Secretaria de Produção Rural)– anuncia segunda etapa no programa de incentivos.
O coordenador do projeto, Marcos Garcia, adianta que o principal objetivo é aproximar os agricultores da realidade em técnicas de produção integrada, reafirmar a importância de reduzir a utilização de agrotóxicos na plantação e esclarecer dúvidas sobre pragas. “Além de conhecimento, o projeto prevê, ainda, ampliar as atividades para outros municípios amazonenses”, adianta o pesquisador.
Garcia explica que o projeto ainda deve passar por alguns ajustes e ser apresentando pela Fapeam para a Sepror até o final de 2012.
De acordo com dados cedidos pela federação, o Amazonas conta com mais de 4 mil hectares de citrus –que incluem plantação de limão, tangerina e laranja. No total, são 2.400 produtores dedicados à atividade no Estado. A expectativa é que a próxima fase tenha início em 2013.
O presidente da Faea, Muni Lourenço Silva Júnior, destaca que os produtores rurais do Amazonas estão em fase de mudança comportamental no cultivo e produção de citrus no Estado. “Acredito que temos maturidade para atingirmos a auto-suficiência. Temos que aproveitar esse momento favorável, em que instituições estão acreditando nos projetos”, afirmou o representante e comentou também que o superintendente da Suframa deve anunciar a retomada do Distrito Agropecuário nos próximos meses.
Agricultura do Amazonas na China
A Faea anuncia a viagem do presidente da federação para Pequim, na China. Segundo informações cedidas pela entidade, o representante deve acompanhar nos próximos dias a senadora Kátia Abreu –presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) na inauguração de um escritório de representação nacional no país do Oriente.
“O objetivo é atrair mais investimentos para o Brasil, ampliando as vendas para a China. Atualmente, já exportamos para outros países alimentos, e temos capacidade de continuar produzindo sem agressão ao meio ambiente, devido aos investimentos em tecnologia”, diz.
De acordo com a CNA, em 2011, a China importou US$ 14,6 bilhões em produtos agrícolas do Brasil, o que representa 33% do total exportado pelo Brasil.