No acumulado do ano, com 506 mil unidades, a produção das “magrelas” supera em 19,50% o total de janeiro a julho de 2011 (422,3 mil). Na comparação com o mês de junho (68.626), o salto na produção de julho foi de 16 mil bicicletas.
O segmento vive situação mais estável que a produção de motocicletas, ainda se recuperando das dificuldades de concessão de crédito para que o consumidor final possa adquirir o veículo. No caso das bicicletas, a expectativa é chegar a 1 milhão de unidades produzidas até o final do ano. Marcas como a Caloi trabalham com média de 3,3 mil bicicletas saindo da linha de produção por dia, num nicho que recebe cada vez mais investimentos em novos modelos e capacidade de produção. Fabricantes como a Prince Bike e a Houston chegam para ampliar a quantidade do produto nas lojas, assim como a oferta de vagas de empregos.
O bom momento do segmento pode ser explicado com a mudança de status do produto. De brinquedo campeão de vendas no Dia Das Crianças e Natal, as bicicletas ganharam importância como instrumentos para atividade física saudável, tornaram-se ferramenta de trabalho para autônomos e ganham cada dia mais adeptos que buscam alternativas de transporte nos grandes centros urbanos. Em comunidades no interior do País, estão entre os principais meios de locomoção.
Esse interesse pelo produto deve passar a ser maior com a chegada de um novo variante: a bicicleta elétrica. CR Zongshen, Dafra e Kasinsk já têm o modelo elétrico em suas linhas de produção. Houston e Caloi estudam investir no nicho enquanto a Sense Bike da Amazônia e a Ox da Amazônia têm projetos aprovados no Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS) para iniciar a produção no PIM.
(Texto: Emerson Medina-Suframa)