Preso CEO da agência Match, ligada à Fifa

07-07raymondO inglês Raymond Whelan, de 64 anos, é, para a polícia, o líder da máfia dos ingressos que opera nas barbas da federação. Prisão foi feita dentro do Copacabana Palace.A Polícia Civil do Rio prendeu, dentro do Copacabana Palace, na tarde desta segunda-feira, o diretor da empresa Match – uma agência que opera para a Fifa. O inglês Raymond Whelan, de 64 anos, é, para a polícia, o líder da máfia dos ingressos que opera nas barbas da federação, com envolvimento de altos funcionários. A investigação da operação Jules Rimet concluiu que Whelan estaria acima do franco-argelino Lamine Fofana, um dos onze presos na semana passada. A Match tem direitos exclusivos para a venda de pacotes para o Mundial.

Na suíte de Whelan foram apreendidos cerca de cem ingressos para a Copa do Mundo no Brasil – a polícia ainda não detalhou para quais partidas. O diretor da Match saiu pela porta dos fundos do hotel e os policiais não deram declarações. A prisão foi feita com base em um mandado expedido pela Justiça do Rio, nesta manhã. O acusado foi levado para a 18ª DP (São Cristóvão), delegacia que conduziu a investigação, com o delegado Fábio Barucke.

Ainda que Whelan não seja um funcionário da Fifa, ele atua em nome da entidade na organização de pacotes e até do credenciamento de hotéis para o Mundial. Nos últimos dias, tem sido a porta-voz da Fifa quem tem respondido pelos problemas, e não um representante da Match. A empresa é ainda controlada pela Infront, uma companhia que tem como acionista Phillip Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter.

A suspeita sobre Whelan surgiu depois que a polícia descobriu um grupo que comercializava há meses ingressos para a Copa. Na semana passada, onze deles foram presos. Inicialmente, a suspeita era de que o franco-argelino Lamine Fofana fosse o responsável pela quadrilha. Mas escutas telefônicas apontaram que havia alguém acima de Fofana, com todos os privilégios e condições de abastecer o grupo com as melhores entradas para o Mundial, muitas delas de camarote.

Conversas telefônicas entre Fofana e Whelan foram interceptadas por gravações feitas pela polícia, com autorização da Justiça – foram 900 ligações, segundo as investigações. O suspeito praticamente se mudou para o Brasil em 2011 e percorria o país na condição de diretor executivo da Match Services promovendo pacotes VIP para as arenas das doze cidades-sede do torneio.

Com Estadão Conteúdo

 

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